Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Cavalo encilhado

07/10/2010


Conta a lenda que o cavalo encilhado passa apenas uma vez na frente das pessoas e estas não podem perder a oportunidade, devem montá-lo e seguir adiante. Pois bem, com os tropeços dos líderes uma vitória diante do Vasco colocaria o Atlético em uma posição privilegiada e faria com que a torcida e os próprios jogadores sonhassem acordados com a possível conquista da vaga na Libertadores da América de 2011.

Mas ontem foi o típico jogo que o Rubro-Negro tentaria a noite toda e não faria o seu gol. Alguns fatores foram determinantes para que o empate diante do Vasco da Gama dentro da Arena da Baixada frustrasse jogadores e principalmente a torcida atleticana, entre eles podemos citar:

As ausências de Neto, Guerrón e principalmente de Branquinho: O técnico Sérgio Soares ficou sem opções para qualquer tipo de mudança no decorrer do jogo. Neto foi bem substituído por João Carlos, que praticamente não foi exigido durante a partida. Já Guerrón e Branquinho fizeram muita falta, até porque Maikon Leite e Ivan Gonzalez não estiveram (mais uma vez) nos seus melhores dias. Aliás, Gonzalez estava mortinho no final da partida, não conseguia criar e muito menos voltar para ajudar na marcação.

Falta de criação: Paulo Baier jogou mais avançado e acabou sendo muito bem marcado, portanto, pouco apareceu e o resultado foi a baixa criação do time. A bola saía de trás pelo goleiro, rodava entre os zagueiros e o meia de ligação não fazia a sua parte. Chico e Deivid são mais marcadores que armadores e deixar as jogadas serem armadas por eles é dar munição ao inimigo.

Falta de um matador: Com Bruno Mineiro fora, o atacante Nieto teve a chance na sua cabeça aos 47 minutos do segundo tempo, após cruzamento do excelente zagueiro Rhodolfo, o argentino arrumou o corpo e cabeceou para fora, jogando por terra a última esperança de gols da partida.

Não creio que devemos jogar a toalha até porque ainda faltam 10 rodadas para acabar o campeonato, mas que perder pontos para um time de qualidade técnica inferior a do Atlético dentro de casa é perder a chance de montar no cavalinho encilhado e disparar em busca do principal objetivo que é a vaga para a Taça Libertadores da América.

Monstro Rhodolfo

Ontem na entrevista coletiva o zagueiro Rhodolfo assumiu que junto com Paulo Baier é um dos líderes do time dentro de campo. Só faltou o gol para ele ontem, impecável na marcação, subiu ao ataque com precisão, arrematou uma bela bola contra o gol vascaíno no segundo tempo e fez a jogada que poderia ter resultado nos três pontos não fosse a inoperância do nosso ataque.

Pela bola que vem jogando Rhodolfo já merece uma vaguinha na Seleção Brasileira, de Mano Menezes, ao lado do goleiro Neto.

Sérgio Soares

Como fiz com Paulo César Carpegiani farei também com o novo técnico do Atlético, Sérgio Soares. Não temos outra escolha a não ser esperar que ele mostre para o grupo e para a torcida o seu trabalho. Que ele aproveite a oportunidade de treinar um time da elite do futebol brasileiro e que leve o Furacão ao seu objetivo junto com seus comandados. Seja bem vindo, professor!


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