Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Ao mestre com carinho

03/10/2010


Poucos cargos são tão criticados como o de treinador de futebol no Brasil. Vítima do humor de dirigentes, da torcida e da imprensa em geral, é um cargo que, por outro lado se revestiu de uma autoridade desmedida de uns tempos para cá. Senhores da razão, alguns deles tem se dado mais importância que os jogadores, que a direção e até mesmo que as próprias instituições que os contrataram.

Carpegianni se foi. E com ele uma esperança de termos um ano como há quase meia década não víamos. Se não era o supra sumo entre os treinadores com certeza mostrava ser destemido, inovador e sem se preocupar com críticas muitas vezes infundadas.

Apoiei sua vinda e o defendi especialmente quando foi massacrado (e sei lá sob a que pretexto) quando “inventava” e mudava demais. Oras senhores, a vida é feita de escolhas e se entramos em quatro ou cinco carros aparentemente iguais até escolher o que queremos, se apalpamos meia dúzia de laranjas ate encontrar a que nos agrada, por que cargas d´água ele não teria o direito de escolher dentre os disponíveis os jogadores que mais se aproximariam do que queria? Seria correto e justo ele ir pela conversa dos outros , por opiniões viciadas de terceiros para escalar o time que achava mais indicado?

Errou como errava Geninho, como errou Lopes e como erram Luxemburgo, Mourinho ou Vicente Del Bosque. Todo líder se vê obrigado e fazer escolhas e a cada escolha, faz-se automaticamente uma renúncia. Cada mania que não concordamos nos parece uma teimosia. E quem não as tem?

Perde o Atlético um grande treinador que aceitou uma proposta mais vantajosa. Certo Errado? Mercenário? Fácil falar de fora mas quem de nós não deixaria o atual emprego, mesmo com boas perspectivas (mas sem garantias) de bons resultados em troca de uma quantia de dinheiro (essa sim, certa e líquida) em outro centro? O São Paulo, equipe campeã de três dos últimos quatro brasileiros, campeã ou ao menos semi finalista de Libertadores com uma constante impressionante?

Julgar seria fácil. Desejo boa sorte a Paulo Cesar, mas muito mais sorte a nossa direção para que acerte na escolha que urge acontecer sob pena do estagiário Leandro conseguir um ou outro bom resultado e resolverem efetivá-lo. O Atlético faz muito bom campanha e é hoje um clube de um tamanho que não comporta mais experiências tolas como as feitas nos últimos anos.

Temos um bom caminho a trilhar, mas sem um bom comandante será fácil nos perdermos. Confio no bom senso, confio na inteligência da direção e fazer o time continuar a trilhar este com caminho que se mostra a nossa frente.

Sergio Soares talvez seja uma solução.


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