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Ricardo Campelo
Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma famÃlia inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.
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Hey, Conmebol...
28/09/2010
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Em qualquer sistema jurÃdico que se preze, a irretroatividade é princÃpio elementar. A regra é que a alteração de normas deve produzir efeitos apenas para situações futuras, garantindo segurança jurÃdica à s situações regidas por aquele ordenamento. A atitude da Conmebol de cassar uma vaga brasileira para a Libertadores com o Brasileirão já em andamento é uma aberração, sob o ponto de vista jurÃdico ou moral.
O quadro agrava-se ao considerarmos que a Conmebol convida(!) clubes da America Central e do Norte para participar do torneio sul-americano, como se sobrassem vagas. Ou seja, é absolutamente injustificável essa subtração de uma vaga para o Brasil, o que acaba configurando uma punição por ter tido o clube campeão da Libertadores 2010 (automaticamente classificado para a edição de 2011).
Curioso é que, em 2005, esta mesma entidade agarrou-se na impossibilidade de flexibilizar uma regra do regulamento com a competição em andamento para impedir a realização da final na Baixada, o estádio mais moderno do Brasil. A dogmática mostrada pela entidade naquela oportunidade perdeu-se no caminho, certamente em meio a interesses polÃticos.
Fica clara a postura da Conmebol como um órgão que prima muito mais por atitudes polÃticas do que pela gestão do futebol do nosso continente. Absolutamente lamentável.
E como o tempo é senhor da razão, a Copa de 2014 terá a Baixada, e não terá o Morumbi. Uma lição para as bestas que achavam que a segurança de um estádio mede-se pela sua capacidade de público.
Asas pra Voar
É preciso tirar o chapéu para Paulo César Carpegiani. Demorou um pouco, mas o treinador encontrou a regularidade que se esperava para o time atleticano. A sequência de bons resultados coloca o time como candidato matemático à vaga para a Libertadores.
Ainda é difÃcil, pois os concorrentes são times muito fortes, e a Conmebol, sorrateiramente, transformou o G-4 em G-3. Mas o simples fato de poder dar asas a este tipo de sonho é um fato a ser comemorado.
Temos um Atlético diferente. Que investe para trazer Paulo Baier, Branquinho, Guerrón, e outros jogadores de qualidade. E que nos permite sonhar com a conquista de uma vaga na Libertadores, depois de quatro anos de luta contra o rebaixamento. Pode ser o começo de novos tempos no Furacão.
Copa na Arena
Hoje, o Atlético divulgará o novo projeto de reforma da Arena com vistas à recepção da Copa do Mundo de 2014. Sem penhora do estádio e do CT do Caju, e sem, muito menos, entregar metade da Arena para os coxas. Em determinadas circunstâncias, o administrador deve adotar a cautela e a paciência como princÃpios fundamentais de sua atuação.
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