Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Como um gigante

23/09/2010


Dirigi-me ontem à noite para a Baixada com apenas uma certeza: seria o jogo mais difícil do Atlético dentro de casa até aquele momento da competição. E não foi diferente. Não é à toa que este time do Internacional é o atual campeão da Libertadores da América e vai disputar o Mundial Interclubes no final do ano. O meio campo do time colorado enche os olhos de qualquer torcida. Jogaço de bola como há tempos não víamos na Baixada.

Como é bom vencer um time que está acima na tabela de classificação, pois além de brecar a subida do adversário, a conquista dos três pontos faz com que o torcedor atleticano sonhe que ainda é possível conquistar uma vaga para a Taça Libertadores da América. Além disso, a vitória de ontem contra o Internacional credencia o Rubro-Negro para a briga direta pelo agora G3 (a expectativa é que a CBF consiga manter a outra vaga para a competição intercontinental), pois no próximo domingo tem outro compromisso dificílimo contra o Botafogo, no Rio de Janeiro.

Ontem o Atlético foi um gigante diante do colorado gaúcho. Se o primeiro tempo não foi uma perfeição - mas longe de ter sido horrível como falaram alguns comentaristas -, o segundo tempo, após o golaço de Paulo Baier, foi um pouco mais equilibrado e tivemos ao menos mais uma oportunidade clara de ampliar nos pés de Maikon Leite, que parou no goleiro Pato Abbondanzieri. A vontade e garra demonstradas em campo fizeram o torcedor rubro-negro sair extasiado de campo, sentimento este que insistia em não aparecer já há algum tempo.

Mas vamos com calma, vamos por partes, vamos caminhar jogo a jogo, vamos trabalhar e projetar um futuro diferente ao Furacão. A tensão, a adrenalina e principalmente a competitividade do time dentro de campo remetem ao torcedor atleticano um sonho. Sonho este que por anos esteve guardado e que desperta justamente agora que o técnico Paulo César Carpegiani (contestado por muitos e até por mim) consegue fazer com que o time jogue no seu ritmo e na sua balada. Diferente das invenções habituais (coisas do tipo insistir com o zagueiro Leandro), Carpegiani conseguiu devolver a auto-estima aos jogadores e fazer que estes mesmos atletas façam dentro e fora de casa o seu papel, que é jogar futebol.

Fazia algum tempo que a torcida atleticana não saía em estado de graça da Arena da Baixada. Ontem o Caldeirão ferveu mais uma vez e desta vez a vítima foi o Internacional de Porto Alegre, nada mais nada menos que o campeão da Libertadores da América.

Parabéns aos jogadores, comissão técnica e torcida atleticana pela dedicação e pelo empenho, pois juntos formaremos um Atlético praticamente invencível dentro dos nossos domínios e no mínimo competitivo fora de casa, e que este ano de 2010 não seja apenas mais um na história vencedora do Clube Atlético Paranaense.


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