Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Dia ruim

15/09/2010


Todo mundo já teve ou tem lá seus dias ruins. Desde a hora em que se acorda, a preguiça toma conta do corpo e abençoamos o inventor da função “SONECA” do despertador, que nos dá a ilusão de mais cinco minutos de repouso, até o momento em que amaldiçoamos o inventor do mesmo “SONECA” que nos vende a falsa ilusão de mais sono e nos atrasa para o dia de trabalho.

Nada rende e nem mesmo as xícaras de café parecem suficientes para nos acordar. Leseira, má vontade, preguiça, deixamos o telefone tocar até outro colega atender, folheamos o jornal sem absorver uma única notícia e a manhã se arrasta enquanto só pensamos na pausa para o almoço. Há dias ruins na vida de todo mundo.

Quantas aulas não foram “matadas” em troca de nada, simplesmente pela vontade de ir pra casa, deitar e ver o tape de um jogo que já assistimos, ou pegar aquele capítulo da novela que não temos a menor idéia de quem é quem? Há dias em que tudo parece ser um sacrifício.

Jogador de futebol é gente como a gente. Eles são atletas, e uns gostam de ir ao cinema, uns tem filhos e com eles toda a alegria e as preocupações inerentes à responsabilidade, uns gostam de rock, a maioria de pagode, eles usam calças jeans e uns até bebem como nós. São humanos, ora são falíveis. E assim como nós, também tem lá seus dias ruins.

Domingo diante do primário Guarani foi um dia em que pelo menos metade do elenco estava naqueles dias. Morosidade, preguiça, um certo relaxo que fez o treinador Carpegiani desabafar fortemente ao final da partida. O time jogou abaixo da crítica numa atuação que superou até mesmo aquela da derrota para o Palmeiras, a pior até então.

Os jogadores são humanos, por isso pecam. Mas a indolência em campo não pode ser geral e nem se tornar habitual. Eles optaram por uma profissão diferenciada, extremamente bem remunerada se comparada às demais, são homens públicos e que carregam no peito a paixão e o amor de milhões de torcedores. Ou seja, a eles é imputada uma responsabilidade muito maior que a nossa em nossos trabalhos, mas também sujeitos aos dias ruins que acontecem com todo mundo.

Eles que viajam de avião, se hospedam em hotéis, tem massagem, hidro e recebem mais que todos os torcedores que lotaram ônibus para ir até Campinas ver a bisonha apresentação do Atlético, tem o direito de serem assim tão displicentes mesmo no seu dia ruim?

O que não se pode é acostumar-se com isso, é baixar a cabeça perante o fato e se acomodar como se fosse a coisa mais normal do mundo perdermos uma partida que teríamos obrigação de ganhar, como temos em casa sempre e achar que é normal o dia ruim.

Dia ruim acontece. Dias ruins devem ser brecados!

APOSTA

O centenário do Corinthians está nos proporcionando belos momentos de diversão. A nova é vê-los se lamentando de UM pênalti mal marcado contra eles, talvez se esquecendo que dos OITO marcados até agora para o time cujo presidente foi chefe da delegação brasileira na fracassada campanha da África do Sul, DOIS diante do Atlético foram inventados, assim como outro diante do Grêmio sábado.

O excelente goleiro Victor tratou de fazer justiça.

Mas quantos pênaltis mais marcarão os árbitros para o alvinegro paulista até o final do certame? Aposto em pelo menos mais seis.

GIGANTE

Vivemos na era da comunicação, da agilidade e por vezes nos preocupamos tanto com essa velocidade que pouco nos preocupamos com a qualidade. O Atlético pecava muito em sua comunicação e agora “desfalca” a furacao.com levando nossa colaboradora, colunista e editora Patricia Bahr.

Essa pequena grande mulher cresce na carreira. Aquele jeitinho meigo de menina esconde uma grande e grandiosa mulher que agora é a Coordenadora de Assessoria de Imprensa do Atlético. Desejar boa sorte é necessário, mas torcer para que tudo dê certo é redundante.

Parabéns Paty Bahr; a Pollynha também deve estar orgulhosa!

ARREMATE

“Você não sabe o quanto eu caminhei/
Prá chegar até aqui/
Percorri milhas e milhas”
. A estrada – CIDADE NEGRA


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