Paulo Perussolo

Paulo Roberto Perussolo, 36 anos, é estudante de Direito. Seguindo a tradição da família, acompanha o Furacão desde a infância, tornando-se cada vez mais fanático. Considera o Atlético mais do que um clube de futebol, um dos grandes amores de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2010 e 2011.

 

 

Sonho ou realidade?

06/09/2010


Aproveitando o feriado prolongado, viajei para o litoral catarinense, e não foi surpresa encontrar um mar rubro-negro por aqui. Por onde andei vi torcedores com a camisa do Furacão, felizes com a melhora do time no campeonato, pela primeira vez distante da zona de rebaixamento e se aproximando da zona de Libertadores.

Como todo bom atleticano, apesar do sol forte no dia de ontem, troquei a praia pelo bar à tarde, o motivo era simples: o Furacão estaria em campo às 16 horas. Cheguei cedo prevendo lotação atleticana no boteco: não deu outra! Pouco a pouco dezenas de atleticanos lotaram o estabelecimento, contagiando a todos com as músicas da torcida, dentre elas a nova, que é linda e um sucesso.

Em campo um Furacão aguerrido, com três atacantes, sem temer o Avaí, que marcava forte, com a mão de Antônio Lopes. Empurrado pela boa presença de torcedores atleticanos, o rubro-negro tinha uma única jogada no primeiro tempo, com Guerrón. O equatoriano mostrou grande evolução e será peça importante para o segundo turno.

Deivid não estava mal em campo, mas a entrada de Olberdam no intervalo fez o Atlético equilibrar a meia cancha, qualificando o passe e fazendo com que o apagado Branquinho subisse de produção. A marca do jogo foi mesmo o equilíbrio, com poucas chances claras de gol para ambos os lados. A melhor chance do Atlético foi, provavelmente, uma finalização de Nieto, com assistência de Guerrón, que exigiu boa defesa do goleiro Renan, do Avaí.

A sorte acompanha os competentes, e assim tem sido com o Furacão. Sem desistir até o último segundo, a equipe foi premiada com um belo gol de Maikon Leite aos 49 do segundo tempo e os três pontos na tabela. Carpegiani abandonou as invenções, seu trabalho nas últimas rodadas foi marcado pela coerência e quem criticava as loucuras do treinador, assim como eu, deve hoje elogiar e confiar na comissão técnica. Alguém tem saudades do delegado?

O Atlético hoje é o sétimo colocado no Brasileiro, distante apenas quatro pontos da Libertadores. Abandonando de vez a parte de baixo da tabela, já é possível sonhar com uma vaga na Libertadores 2011. Se os atleticanos não acreditarem, quem irá acreditar? Sim, é possível! Quarta-feira é dia de lotar a Baixada contra o time da Globo e fazer o Caldeirão ferver. Se é esse o Furacão que queremos, entre os primeiros na tabela, temos que cumprir nosso papel e tornar o sonho realidade.


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