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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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O bonde da história passa. E não volta mais. É importante então estar preparado para que na hora que ele passar, estejamos prontos e aptos a nele embarcar numa viagem onde o destino é incerto, desafiador e a única certeza que temos é que naquela estação em que nos encontrávamos, o bonde não passa mais.
O bonde tem passado à nossa frente e por medo, receio e um temor desproporcional ao risco inerente ao desafio, temos deixado passar. Foi assim na busca do bi em 2004, na Libertadores que se apresentou à nossa frente em 2005, com a queda coxa e que nos deixou uma boa perspectiva em 2006 quando ao invés de nos colocarmos como força hegemônica no Estado, brincamos de fazer futebol e fomos castigados, assim como aconteceu agora, com toda a desgraça do rival em pleno centenário e nós sequer termos conseguido vencê-los por falta de ambição, de tesão em dar o decisivo passo à frente na hora certa.
O bonde tem passado e temos ficado presos na estação ESTAGNAÇÃO. O bonde passou domingo com um Grêmio que não é nem sombra dos grandes times de outrora, uma equipe nada mais que esforçada e que mostrou muita vontade, mas uma técnica que aponta porque estão entre os possíveis rebaixados. E mesmo assim tiveram o domínio das ações do jogo, pressionaram o árbitro e não se intimidaram frente a mais de 20 mil atleticanos que mais uma vez deram um show nas arquibancadas.
Faltou tesão em vencer a partida. E esse nosso time é nada mais que comum, com as contratações e com Carpegiani menos vacilante um time médio mas com chances de galgar posições, mas que deve se portar com dignidade dentro de casa e sempre buscar a vitória, não se encolher como fez durante boa parte do jogo.
O bonde passou. E deixou atrás de si o recado: este ano será somente menos sofrido que os anteriores, pois cada vez que parece que daremos o passo decisivo, o passo forte rumo a um destino melhor (que no caso seriam as três vitórias seguidas e a possibilidade de efetivamente chegar nos primeiros), vacilamos, pipocamos, mostramos que não estamos preparados para ir adiante.
O bonde está indo. Ainda há tempo de correr atrás e pegá-lo antes que suma na próxima curva?
LUTO
Sábado não foi fácil. Além de estar com o pensamento naquele que seria mais um aniversário de minha mãe que se foi em novembro último, o Curitiba Rugby perdeu em casa um jogo que tinha obrigação de vencer.
Domingo o empate amargo tendo jogado pouco diante do mediano Grêmio me chateou. Mas duro mesmo foi ter perdido um amigo de maneira brutal, banal e sem sentido na madrugada de domingo.
Perde o coxa um fiel torcedor, perde o Abranches um de seus filhos mais queridos. Ganha o céu uma estrela. Lafa, um abraço e fica com Deus.
ARREMATE
“Tengo el corazón pequeño y el amor grande, normal que me duela” . Alas Rotas - XHELLAZ
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