Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Ritmo

25/08/2010


O Palmeiras não estava vencendo ninguém, fomos lá e numa partida abaixo da crítica fomos derrotados. O Grêmio gaúcho vem muito mal, uma hora ou outra vai se recuperar, mas não pode ser sobre a gente. O Atlético venceu o Flamengo e enfrenta seguidamente, fora e dentro de casa os dois Grêmios da competição e pode dar um ritmo de três bons resultados em seqüência.

A hora é agora. O momento é esse.

Se desses próximos quatro confrontos, sendo dois fora e dois em casa fizermos nove ou dez pontos, teríamos um aproveitamento muito bom na reta final do turno, dando mais conforto e segurança para começarmos o returno podendo respirar um pouco mais aliviado.

O Atlético ainda não emplacou uma seqüência boa, sempre tivemos nosso ritmo quebrado e está mais do que na hora desse time, que se não é o supra sumo da técnica mostrou diante do Flamengo ser um elenco determinado, lutador e que buscou o resultado do jeito que dava para obter o único resultado que podemos ter em casa: a vitória.

Já passamos por várias situações dentro do campeonato, viramos jogos, vencemos fora, perdemos jogando bem, tivemos revés em atuações melhores que de nossos adversários, temos constantemente lutado contra péssimas arbitragens e tomara (oxalá) Carpegiani tenha percebido que o time precisa de uma constância, de menos mexidas e que já passou da hora de termos um time-base que poderá ter uma ou outra alteração mais pontual.

O ritmo de vitórias que precisamos se desenha em nosso horizonte, basta ter inteligência e discernimento para trilhar o caminho correto até lá.

CARÁTER

Fernandinho já fez gol que deu título a Seleção Brasileira de base. O negro sorridente do interior paranaense já jogou Liga dos Campeões e Copa da UEFA. O versátil ex-atleticano é sempre lembrado com carinho por aqui e nunca escondeu sua admiração pelo clube que o formou, o forjou, lhe deu teto, comida e lapidou o grande jogador que é.

Fernandinho vai ter a chance de mostrar ao treinador Mano Menezes que pode jogar uma Copa do Mundo pela Seleção penta campeã.

Dagoberto e seus empresários estão no São Paulo com o mesmo papinho dos tempos de Atlético. Dizendo perseguido, vítima de uma demonização à sua pessoa , execrado pela torcida e pela direção, fora da panela do capitão Rogério Ceni treina em separado e é o símbolo de um ano de fracassos de um dos mais poderosos clubes do país.

Atualmente ele e seus “parceiros” como gostava de chamar negam interesse de um clube ucraniano em seu futebol, um clube secundário e que mal faz sombra ao time de Jadson e Fernandinho.

O polaco de Dois Vizinhos vai chegando perto dos 30 anos sem ter construído nada de decente na vida com um histórico de briguinhas, expulsões tolas e rachas dentro dos elencos do qual participou. E nunca vai jogar no esperado Real Madrid, Milan ou Manchester como imaginava. E pensar que recusaram Monaco da França e Colonia da Alemanha por acharem que eram pequenos demais para o seu futebol....

Fernandinho e Dagoberto, contemporâneos de Atlético. Cada um está tendo o que merece, colhendo exatamente o que plantou.

ARREMATE

“Brasil do meu Coração.
Nada de fuzil, nada de canhão”
- Brasil Racional – TIM MAIA


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