Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 56 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

A crise do dia

14/08/2010


Um resultado bom em São Paulo colocaria Felipão em maus lençóis. Nem precisaríamos ter vencido a partida. O azar seria dele que pegou um time em formação, sem grande estrelas, exatamente como nosso. Felipão não vencia há seis jogos. Mas nós sempre reabilitamos almas desesperadas. Em crise, nossos adversários pareceram não sentir a pressão da torcida, e mesmo com um jogador a menos, o que deveria abrir espaços para jogadas mais agudas da nossa equipe, mais uma vez vimos um bando desorganizado em campo. Os jogadores reconhecem terem feito uma péssima partida mas agora, isso é pouco. Precisamos de mais empenho do grupo e obsessão pela palavra "vitória".
Melhoramos muito em relação ao começo do campeonato e isso é um fato. Se eu decretava o fim total dos tempos há algumas colunas, hoje, me sinto mais otimista e ainda apreensivo. Não temos motivos para soltar foguetes, pois estamos noivos da zona de rebaixamento e vacilarmos, dá casamento. Ainda não estivemos em uma posição confortável na tabela, que possa nos tirar do estado de vigília. A Comissão Técnica sabe disso, os jogadores e dirigentes também e o torcedor, esse sim, está calejado pelos sucessivos anos de fracassos no brasileiro.
Isso impacta nas decisões do dia a dia do Clube, e resultam no afastamento de jogadores como o de Alex Mineiro. Esse em particular vinha sendo vítima de Fernando Gomes, que a cada comentário destruía o jogador uma forma até pesada. Eu sinceramente apesar de reconhecer que o atleta não estava bem, estou longe de achar que ele é pior do que o Pedro Oldoni Portenho. Observaram como ele é parecido com o Pedro Oldoni? Mesmo porte físico e aquela velha falta de intimidade com a bola, somada a um vontade sonolenta de jogar futebol. Não vamos jogá-lo aos leões. Mas será que podemos esperar mais do que ele mostrou? Se Alex foi afastado o buraco deve ser mais embaixo. Há coisas que não estão sendo ditas para preservá-lo, já que ele conta com carinho e a eterna gratidão da torcida. Alex não é santo. Mas também não sabemos o quanto ele está pecando nas horas em que não está com a bola nos pés.
Com esses outros afastados já podemos dizer que o estilo “Ocimar” é esse mesmo. Vacilou está fora, sem muita conversa. A fila anda e se Fulano e Beltrano não querem rezar a cartilha do Clube, há pelo menos duzentos que querem. E não importa se o cara é ou não ídolo. Todos os afastados até agora receberam tratamento parecido, com Netinho sendo uma exceção.
Hoje para encerrar minha coluna, gostaria de prestar uma homenagem a minha filha, Mariana Feuser Lima, que no dia 11 de agosto, completou um ano de idade. Como ela é especial! A cada dia uma nova descoberta, um novo olhar, um jeito diferente de pedir isso ou aquilo, enfim, uma evolução surpreendente, que me enche os olhos de lágrimas. Sempre! Mal vejo a hora dela entrar em campo junto com o Furacão, com aquele bando de mascotes. Conto os dias para isso. Aqui em Florianópolis onde estou morando temporariamente, eu te desejo publicamente “feliz aniversário minha filha”.


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