Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Definindo rumos

10/08/2010


Que Nieto não é craque, eu já sabia. Não precisava vê-lo jogar para concluir isso. Agora, depois de apenas uma partida sair dizendo que o argentino é uma fraude, acho um pouco precipitado. Quando o time não ajuda, não é fácil para um jogador mediano, como parece ser Nieto e os demais contratados, se destacar. Sendo assim, não dá para exigir muito do nosso centroavante, ao menos não já no primeiro jogo. Esse tipo de jogador, mediano, quando entra em time que está arrumadinho, se dá bem. É o caso de Rodrigo Souto e Jorge Henrique. Ou algum atleticano achava que esses dois jogadores seriam titulares de São Paulo e Corinthians, respectivamente? Isso tem acontecido com frequência no Atlético. Aqui não serve. Então o cidadão sai, vai para outro time e se dá bem. Espero não ver isso novamente.

Por outro lado, depois de meia dúzia de jogos, já é possível avaliar o desempenho de Paulinho. Não acrescentou nada ao time, não chega até a linha de fundo para cruzar, não dribla, enfim, não vejo a hora do cabeludo Márcio Azevedo voltar ao time titular.

Quem também não tem jogado lá grande coisa é o mestre Paulo Baier. Acredito que seja esse esquema do Carpegiani. Fazê-lo jogar adiantado, como aconteceu contra os bambis, foi um erro (segundo minha humilde opinião). Nas vezes em que ele voltava e saía com a bola dominada, a situação mudava. É assim que ele deve jogar. Baier é o nosso principal jogador. Não dá para sacrificá-lo colocando-o fora de posição.

Outro que não está nos seus melhores dias é Manoel. É bem verdade que achei sua expulsão injusta, na medida em que o primeiro cartão amarelo aplicado a ele foi totalmente descabido. Enfim, lamento mesmo é a sua ausência no próximo jogo contra o Palmeiras, fora de casa. Estava torcendo para ver o negrão jogando de cabeça erguida, consciente e fazendo um partidaço. Ensinando a Danilo como se comporta um zagueiro de verdade. Longe de mim alimentar qualquer sentimento de vingança, apenas me uni ao colega Juarez Vilella Filho e decidi não deixar que o crime cometido por Danilo caia no esquecimento.

Voltando ao Atlético, continuo achando o nosso time limitado. Da mesma forma que gosto da ousadia de Carpegiani ao montar um time bastante ofensivo, tenho minhas dúvidas se o esquema tático da moda (4-2-3-1) é o que melhor se adapta ao estilo dos nossos jogadores. Temos ainda mais 6 jogos até o final do primeiro turno. A tabela nos favorece e creio que, se jogarmos de forma simples, conscientes das nossas limitações, temos grandes chances de alcançar 11 pontos dos 18 a serem disputados. É fazer o dever de casa e beliscar uns pontinhos fora. Acredito que esses próximos 6 jogos mostrarão ao torcedor atleticano o que esperar do rubro-negro no segundo turno. Serão 6 partidas para definir os rumos do Atlético no campeonato brasileiro.

Como são as coisas

A mesma Conmebol que tirou a final da Libertadores do estádio atleticano em 2005, alegando que a Arena não obedecia ao regulamento e não oferecia segurança aos participantes do evento, autorizou a realização da primeira partida da final do campeonato deste ano num campo com gramado sintético. Coisas do mundo injusto do futebol.



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