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Juliano Ribas
Juliano Ribas de Oliveira, 51 anos, é publicitário e Sócio Furacão. Foi colunista da Furacao.com entre 2004 e 2007 e depois entre março e junho de 2009.
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Reconhecimento nacional
17/09/2004
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Analisando as reportagens sobre o Atlético feitas pelo jornalista do conceituado jornal Folha de São Paulo, Rodrigo Bueno, aquela feita em 2001, que falava da "menor final de todos os tempos" e a matéria de 2004, que citava o CAP como protagonista dos novos tempos no futebol, cheguei a uma conclusão: poucas coisas são tão destrutivas para o bom jornalismo quanto as paixões individuais.
Nada mais humano do que o sentimento da paixão. Aquilo que acreditamos e desejamos está no âmago da nossa essência. Às vezes, em momentos de raiva, esse sentimento pode manifestar-se. E de maneira torpe. Foi o que aconteceu com o jornalista Rodrigo Bueno, em 2001. Naquela matéria, que deveria ter cunho informativo, expôs tudo o que acreditava e sentia naquele momento. Indignado, camuflou com fatos toscamente investigados, as suas verdades. Seus preconceitos. Suas decepções.
Esta semana, já conformado com a ascensão do Furacão (ele até aprendeu qual é a nossa alcunha correta), conseguiu traçar um panorama do atual futebol nacional e reconhecer nossas virtudes. Mostrou que pode fazer parte de um jornal como a Folha. Da outra vez, comportou-se como repórter de um pasquim de terceira categoria.
Infelizmente, fazer uma condução dos fatos de acordo com suas convicções, é prática recorrente e comum no meio jornalÃstico. O uso ou não deste expediente, separa os bons e os maus jornalistas. Esta semana, com muito prazer, regozijei-me ao ler bons e confiáveis jornalistas e colunistas expondo visões justas e de reconhecimento ao trabalho do CAP. O bom jornalismo é realmente o maior regulador do mau jornalismo. Um exemplo: o caderno de esportes mais lido à s segundas-feiras em São Paulo, o do Jornal da Tarde, creditou toda a vitória do Atlético (ou a derrota corinthiana), ao zagueiro Valdson. A manchete estampava: "Valdson sabota o Timão". Não poderia ser mais cruel com o jogador. Eles esqueceram que o "timão" estava de vermelho-e-preto. Em três páginas, destruiram o sujeito para justificar a derrota por 3 a 1 de um time muito inferior tecnicamente ao Atlético.
Para minha alegria, todos os bons jornalistas trataram de reconhecer a nossa superioridade. À noite, em casa, vi o bom Paulo Calçade, da TV Record, refutar com propriedade as acusações ao zagueiro do Corinthians e afirmar o predomÃnio do talento Rubro-negro em campo. Disse que, sim, o zagueiro teve uma tarde infeliz. Mas minimizou acertadamente quando notou o desvio de cabeça de outro jogador antes da bola bater em sua cabeça e ir ao gol. Lembrou que faltas em frente a área, de onde saiu nosso 2º gol são comuns em jogos de futebol e deu méritos a Jadson. E que no 3º gol, pouco importava para o Corinthians perder de 2 ou mais e todo o time alvi-negro foi para frente, vulnerabilizando a defesa, que pouco tinha o que fazer na disparada do Washington.
Depois dessa importante rodada para o Atlético, fico feliz em notar que, tirando as aberrações, como a matéria do Jornal da Tarde, os bons jornalistas venceram, com um bom trabalho. Inclusive Rodrigo Bueno, que foi um trapalhão em 2001, e honesto e sério em 2004. Nada melhor que o tempo para consertar as coisas e para se aprender um pouco.
Torço para que o tempo também ensine parte da impresa paranaense, que louca por afagos de clubes, distorce fatos, privilegia um certo time verde e não engole a supremacia patrimonial e a hegemonia dos últimos 10 anos implantada pelo Atlético no Paraná. Que os bons jornalistas combatam com matérias sérias, as patacoadas cometidas por aqueles que não têm outros interesses senão bagunçar o ambiente do nosso clube e jantar de graça em Santa Felicidade.
Rápidas:
1) O que a torcida está esperando para subir no 2º pavimento e detonar a bateria que é liberada por lá?
2) Por objetivos eleitoreiros, alguns atacaram Petraglia e pediram sua saÃda. E agora? Continuam querendo?
3) O Furacão será bicampeão nacional. Alguém duvida?
Saudações Rubro-negras a todos que acreditam no bi.
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