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Bruno Rolim
Bruno Rolim, 42 anos, é bacharel de Turismo e jornalista. Filho de coxas, é a ovelha rubro-negra da famÃlia. Descobriu-se atleticano na final do Paranaense 90, com o gol do Berg. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2007.
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Para o Atlético, o tÃtulo! Para os outros, muita aspirina, pois a dor de cabeça está grande...
14/09/2004
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Em primeiro lugar, saudações atleticanas a todos!
Trinta rodadas já se passaram no Campeonato Brasileiro, restam apenas 16. Dos 24 clubes que disputam, restam 6 ou 7 clubes que disputam o tÃtulo, outros 7 ou 8 a disputar o rebaixamento e o restante no lugar merecido, sem perspectiva alguma, no limbo. Destes três grupos, o Atlético está no primeiro grupo, e merecidamente.
Afinal, foram 55 pontos nestes 30 jogos. O Atlético é, após o Santos, o time que mais venceu jogos - 16 triunfos. É o time que menos perdeu jogos - 7 no total. Tem o terceiro melhor ataque da competição, aliada à segunda melhor defesa - 52 gols marcados contra 30 sofridos, resultando em 22 gols de saldo - melhor saldo da competição. Dá para acreditar em tÃtulo com estes números?
Claro que dá, e todos nós temos que acreditar! Agora é a hora de realizarmos uma campanha de verdade para inflamar a torcida: como em 2001, aquele caminhão com o painel anunciando o número de jogos e dias para o tÃtulo. Hoje, faltam 16 jogos. Hoje, faltam 96 dias. Pouco mais de três meses para que um grupo possa coroar uma temporada empolgante com a segunda estrela de campeão nacional - honraria destinada a poucos clubes: se 17 clubes já foram campeões brasileiros, apenas 7 conseguiram uma segunda conquista. É nesse grupo, fugindo dos clubes comuns, que o Atlético pensa em se inserir.
O Clube Atlético Paranaense é o clube do futuro. É um clube que pensa para frente, realiza um grande planejamento. Escolhido pela Folha de São Paulo como um dos clubes do século XXI, tido como referência em estrutura para treinamento e jogos. Hoje, muitos jogadores jovens sonham em vir para cá, pois sabem que há a estrutura que deu condições a diamantes brutos como Kleberson, Lucas, Gustavo, Warley, Fabiano e Kléber brilharem no Atlético e em outros campos afora. A mesma estrutura que hoje permite a jovens valores como Jadson, Fernandinho, Dagoberto despontarem para o Brasil. A mesma estrutura que recuperou um jogador que tinha sua carreira tida como encerrada, e hoje dá o coração pelo time.
Este é o Atlético Paranaense, fora de campo. Dentro de campo, temos que destacar, desde já, nossos jogadores. Temos hoje um dos melhores goleiros do Brasil, o grande Diego. Uma zaga muito segura, com Fabiano, Rogério, Marinho e Marcão. Um meio campo com Alan Bahia carregando o piano com maestria, para os virtuoses Jadson e Fernandinho deleitarem o público e servirem a Dagoberto e Washington marcarem os gols que formam o terceiro ataque do campeonato.
Temos problemas? Sim, claro. A lateral-direita se ressente de um nome desde o Alessandro de 2001 - até hoje não se encontrou uma solução definitiva. Na lateral-esquerda, Ivan ainda não conseguiu se firmar. Espera-se que a chegada de Ronildo para disputar a vaga ajude Ivan a encontrar seu futebol. Não somos o melhor elenco do Brasil. Mas estamos entre os melhores, e estamos provando que não é um grupo de estrelas que forma um grande time.
A partir desta rodada, temos mais 7 jogos na Baixada. E, nesses jogos, temos que fazer a nossa parte e lotar o estádio, empurrar a equipe e garantir esses 21 pontos, que nos deixarão com um pé na Libertadores. Os jogos fora de casa, em 9 no total, decidirão nosso rumo ao tÃtulo. Já temos a maior média de público do Sul, com 11.244 torcedores por partida (sem contar o jogo contra o Corinthians), a frente do Figueirense, segunda maior média do Sul, e quase 2.000 torcedores a mais que o terceiro lugar. E ainda assim acho decepcionante esta média.
Espero ao menos 18 mil pessoas a cada jogo, empurrando o Atlético. Não há mais jogos em meio de semana, à noite, na Baixada. Agora todos os jogos serão nos fins de semana, o clima está esquentando, o time está disputando o tÃtulo. Não há mais desculpas para não comparecer. Agora, quem fará a diferença somos nós, a torcida!
Um grande abraço à nação atleticana, agora é conosco!
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