Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 56 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

Eu quero acreditar

24/07/2010


Vencemos o Santos e tivemos alguns dias de calma na Baixada. Ainda é pouco, mas o suficiente para jogarmos com tranquilidade contra o Goiás de Rafael Moura, um jogador que eu considero perigoso por saber fazer gols. Não é difícil imaginar que para ele, fazer um gol no Atlético depois da forma como ele foi embora, tenha um sabor especial. Portanto, olho no cara, pois se bobear ele marca.

Eu desejo que tudo o que eu escrevi na semana passada caia por terra. Que tudo não tenha passado de um momento de sofrimento, daqueles que só quem ama seu clube do coração pode passar. De algumas coisas não arredo pé, por razões mais emocionais do que racionais, embora os resultados reforcem algumas das minhas teses, em especial as que dizem respeito à direção de futebol do clube.

Olhando adiante e pensando no futuro do Atlético, como se forma uma nova geração de dirigentes? Como se transmite a bagagem, o acúmulo de conhecimentos auferidos pelos atuais mandatários do Clube, nas mais diversas áreas que envolvem a administração da equipe, desde as escolas de base, as negociações de patrocínio, as relações institucionais, os programas e projetos de captação de recursos, os acordos internacionais, enfim, tudo o que gira em torno dessa máquina chamada Clube Atlético Paranaense.

Sempre pensei que poderíamos criar uma “universidade” cujo principal objetivo seria capacitar atleticanos para dirigir o Clube no futuro. Uma geração de profissionais formados em casa, por profissionais gabaritados e que conhecem a gestão do futebol. Com isso teríamos gente que tem o sangue rubro-negro à frente das transformações que o Clube precisa, sem termos que necessariamente buscar profissionais no chamado “mercado”.

Gente da casa também tem compromisso, mas acima de tudo, tem a alma e o coração rubro-negros.
Eu quero acreditar que vamos manter o nosso protagonismo no futebol local, e também no futebol brasileiro. Menos é nada para quem já foi tão longe e virou referência. O Atlético não pode e nem deve parar no tempo.


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