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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Rafael mora na Espanha já faz quase uma década. Esteve comigo em vários jogos na Baixada e naquele que está entre os mais importantes fora da cidade. Na véspera do meu aniversário fez parte do lendário 3-2-0 (você quer, eu também quero, viajar no três dois zero) e esteve comigo na conquista do título de 2001 em São Caetano do Sul. Em Coruña com seus dois filhos, começa a pensar em voltar pro Brasil, dentre vários motivos porque a crise de 2008 ainda reflete forte na economia européia.
Waldy mora na Itália também faz quase uma década. Esteve comigo em muitos jogos desde a Baixada antiga e Pinheirão e dentre inúmeras viagens fez parte do lendário 3-2-0 (você quer, eu também quero, viajar no três dois zero) na conquista do título de 2001 em São Caetano do Sul na véspera do meu aniversário. Em Verona com seus dois filhos, mesmo com os reflexos da crise de 2008 refletindo na vida as pessoas, pretende ficar.
Eles não estarão hoje na Baixada como todos nós temos a obrigação de estar. Eles por outras questões e opções de vida não tem como viver de perto a emoção de estar ao lado do clube que amamos. Não sou hipócrita, vendedor de sonhos e não perseguidor de ilusões. Não temos nada a nos apegar a não ser a esperança.
Nada é palpável para que tenhamos esperança. O time é fraco, Carpegiani mal veio e é contestado, assim como foram todos os seus antecessores e serão os sucessores enquanto a direção acreditar na política burra do barato que sai caro, viver de apostas e crer que montando times em julho ou agosto é o suficiente para escaparmos de um rebaixamento cada vez mais iminente desde 2007 e inicia com as mesmas nabas o ano seguinte começando um novo ciclo de derrotas, fracassos e decepções.
Só nos resta a esperança. Se podemos, ainda devemos sonhar. Não adianta falar de esquema, de time, deste ou daquele jogador pra lá de contestado que vai jogar de novo, da pior defesa do Brasileiro, do time que teve o pior desempenho ofensivo ano passado e repete a dose este ano. O que podemos fazer é ir à Baixada hoje e torcer muito, como nunca e enquanto é tempo.
Vamos fazer o que milhares de atleticanos mundo afora não podem fazer. Empurrar o time dentro de campo, no gogó, com alma, na raça. O que nos difere de todas as outras torcidas é essa imensa capacidade de mostrarmos nos piores momentos que fomos fortes, temos um legado de sangue forte que nos faz diferentes, que nos faz melhores.
Porque enquanto uns invadem treinos, soltam bombas no CT, picham muros, vão à aeroporto bater (e por vezes apanhar) de jogadores, abandonam o time mesmo se intitulando “os que nunca abandonam” o atleticano se associou em massa, vai a campo, reza, canta, profana e exerce a força de uma camisa que só se veste por amor. E hoje é mais um dia de professar esse sentimento.
FINALIZAÇÃO
“No futebol ficamos entre os oito primeiros e ficamos todos tristes. Na educação o Brasil é 85º e ninguém reclama” - Senador Cristovam Buarque.
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