Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Copa do Mundo – algumas lições

06/07/2010


Para nós, braclausileiros, a Copa do Mundo de 2010 já acabou. Restam ainda quatro grandes confrontos que certamente encherão os olhos dos amantes do futebol. E com a volta da seleção canarinho para casa, algumas lições foram trazidas na bagagem e servem de reflexão para todos os atleticanos.

A primeira refere-se ao trato com a imprensa. Não adianta fazer dela uma inimiga. Isso não significa que tenhamos que tratá-la como a melhor amiga. O importante mesmo é organizar o seu trabalho no CT e na Arena, pois atitudes extremas não são saudáveis. Mais que isso, não se pode culpar a imprensa pelos insucessos do nosso time. É fato que a imprensa desempenha um papel importante no mundo da bola. É por meio dela que a esmagadora maioria de nós, torcedores, somos informados do que se passa dentro do nosso clube. Se uma parte da imprensa não merece o nosso crédito, é outra situação. Cabe a cada um de nós filtrarmos o que é bom ou não.

A segunda questão importante é que está mais do que comprovado que um time de medalhões não é garantia de sucesso. Como tudo na vida, o meio termo tende a ser sempre a melhor solução. Mesclar a garotada com jogadores experientes e já bem rodados, de preferência, com um bom espírito de liderança, pode ser o caminho para montarmos um time de sucesso. Muitas vezes temos apostado em jovens de outros clubes em prejuízo dos nossos garotos das divisões de base. É imperativo valorizar o que é nosso. Muitas vezes a solução para o nosso problema está no nosso quintal.

A terceira lição é a dos volantes que sabem jogar. Não veremos um grande time sem encontrar nele grandes volantes! Vejamos duas das principais seleções que chegaram à reta final dessa Copa: a Alemanha com Khedira e Schweinsteiger e a Espanha com Xabi Alonso e Busquets. São exemplos de jogadores modernos, que marcam firme e sabem sair para o jogo. Além disso, são inteligentes, têm qualidade no passe e poder de decisão. Mais ou menos como foi Kléberson na seleção de 2002, guardadas (bem guardadas!) as devidas proporções. E pensar que até dias atrás nossos volantes eram Alan Bahia e Valencia. Não é à toa que desde 2006 temos tido campanhas pífias.

A quarta lição consiste em aprender, de uma vez por todas, que jogador que não está 100% fisicamente não pode jogar. Se nem Kaká e Ronaldo Fenômeno, craques de bola, conseguem fazer boas partidas e ser decisivos quando não estão bem fisicamente, quem dirá Alex Mineiro e Claiton.

E para finalizar, a última lição é que todo grande time precisa de um matador! Aquele que coloca a bola para dentro, que não sente a pressão, que chama a responsabilidade para si e que sempre está no lugar certo na hora certa. Temos visto Klose, Forlán e David Villa decidindo em favor das suas seleções. Quiçá seja Guerrón o novo matador atleticano!


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