Paulo Perussolo

Paulo Roberto Perussolo, 36 anos, é estudante de Direito. Seguindo a tradição da família, acompanha o Furacão desde a infância, tornando-se cada vez mais fanático. Considera o Atlético mais do que um clube de futebol, um dos grandes amores de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2010 e 2011.

 

 

Ao som das vuvuzelas

14/06/2010


Uma pausa: é tudo o que queremos quando as coisas não dão certo. Colocar as idéias no lugar, corrigir os erros, colocar o trem no trilho. Pois bem, seguindo a tendência dos últimos anos, o Atlético fez tudo errado no primeiro semestre, mas graças à Copa do Mundo terá um mês para, na medida do possível, se acertar. Digo na medida do possível porque não acredito em milagres; não acredito que em um mês os diretores vão quebrar paradigmas, percebendo que só contratando jogadores de qualidade vamos alçar vôos mais altos neste campeonato.

Ao som das vuvuzelas, os atleticanos que acompanham a Copa, ainda que neguem, não conseguem esquecer os problemas do Furacão. Bom seria se isso fosse possível, mas você senta no sofá, na mesa do boteco, rodeado de amigos – atleticanos ou não – para assistir Argentina e Nigéria, rara oportunidade em que os rubro-negros torcem para um time verde, e logo vem à tona a preocupação com o time do coração.

Será que os dirigentes se preocupam tanto quanto nós? Será que são competentes para comandar o Atlético? Não consigo acreditar que durmam tranqüilos com esse time que montaram, prefiro crer que só lhes falta capacidade para gerir um clube desse tamanho. Passou da hora de acordar! Eli Sabiá, Schwenck, uma aposta paraguaia... Eis as soluções para salvar nosso Atlético? Religiosos ou não, com esse tipo de contratação é hora de cantarmos: “Segura na mão de Deus, e vai...”.

E a pergunta que não quer calar: o Claiton se aposentou? Minha memória não colabora, mas dia desses na transmissão de um dos jogos da Copa ouvi que um atleta que ficou lesionado por um grande período devolveu o dinheiro (ou parte dele) dos salários ao clube. Atitude louvável; será que o predador não se empolga com a idéia? Um ano já se passou desde o seu retorno e vez ou outra encontro alguém que diz ter visto o Claiton mancando por aí. Se não está recuperado depois de um ano, creio que seja motivo para rescisão contratual. Em tempo, que feio por parte da diretoria mandar o jogador para Porto Alegre fazer turismo no jogo contra o Internacional. Sim, pois só pode ter ido rever os amigos de lá, já que não entrou em campo e sequer foi relacionado pros jogos seguintes.

Atitude, presidente, vice, diretores! Não dá mais para brincar com a paixão do torcedor, estamos todos cansados. Não admitimos mais esses narizes de palhaços que nos foram dados pela administração que prometera chuteiras. Novamente em tempos de crise o nosso presidente foi a um programa esportivo prometer um time para o segundo semestre... Chegou a hora de cumprir, do contrário as vuvuzelas continuarão ao término da Copa, aqui mesmo em Curitiba, e estarão todas voltadas aos dirigentes que prometeram “ficar entre os três primeiros colocados, independente de campeonato ou categoria”.


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