Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Improviso

08/06/2010


Não adianta. Não conheço ninguém que não trema diante de uma estreia. A gente não dorme direito à noite. Acorda bem antes do relógio despertar. Aquela dorzinha no estômago insiste em não ir embora. As pernas tremem. Comigo não foi diferente. Hoje entro em campo para defender as cores rubro-negras juntamente com meus companheiros da Furacao.com! Para mim, escrever é muito prazeroso! Escrever sobre o Atlético então, é uma honra! Agora, escrever sobre o Atlético para a Furacao.com é uma grande responsabilidade! Até hoje fiz tudo que estava dentro das minhas possibilidades para ajudar o Furacão, associando-me e participando de todas as iniciativas do clube. A partir de hoje, pretendo participar da vida do meu Atlético de uma forma ainda mais efetiva.
 
Voltando à ansiedade da estreia, se tem algo que realmente me deixa nervosa e ansiosa é fazer algo de improviso. Ser chamada para executar uma função para a qual eu não tenha a menor familiaridade. Escrever sobre um assunto que eu não domine. Por mais que eu me esforce ou estude, não é o mesmo que desempenhar o papel com o qual estou acostumada. Infelizmente, isso tem acontecido com frequência no time rubro-negro: o improviso.
 
Rumamos para o 5º ano consecutivo de agonia, onde nosso único e principal objetivo no certame nacional é fugir da temida ZR e, por consequência, permanecer na Série A. Não por acaso, nestes últimos anos temos visto no improviso a tentativa de solucionar os problemas do time. Obviamente este não é o único mal que assola o Furacão, quem dera fosse o único.
 
Apenas para me ater aos 6 primeiros meses deste ano, vejamos quantos improvisos. É Chico jogando de zagueiro quando o guri já provou que é muito melhor jogando como volante (mas como sacar do time o titularíssimo Alan Bahia?). É Valencia jogando na lateral, muito embora até os cachorros saibam que ele não acerta um passe de 1 metro. Improvisamos até o técnico e o diretor de futebol. O improviso deve ser uma exceção e não a regra num time de futebol. As suspensões, as contusões, uma mudança tática durante a partida, enfim, são fatores que justificam um improviso. Fora essas situações, deixem a improvisação para os comediantes de stand-up.
 
Mas parece que as coisas estão entrando nos eixos. Chico voltou a jogar no meio, agora temos um técnico de verdade e quem diria, um diretor de futebol! Valencia, o mesmo que forçou uma expulsão em Porto Alegre, continua sendo improvisado na lateral (prova de que Lisa deve voltar ao Operário o mais rápido possível). No entanto, acredito que isto não irá mais se repetir, visto que Valencia está com as malas prontas para as Laranjeiras.
 
Esses 40 dias que Carpegiani terá para treinar e dar um padrão de jogo ao time será primordial para o nosso futuro no campeonato brasileiro. Ainda, o fato de estarmos na incômoda zona de rebaixamento não nos deixa esquecer que temos um time fraco. Aliás, o torcedor não esquece disso, quem parece não querer enxergar é nossa míope e por vezes, amadora Diretoria. Continuo aguardando a chegada dos reforços. Mais que isso, espero que eles cheguem a tempo de treinarem com o elenco nessa parada para a Copa do Mundo. De nada adianta trazer jogadores em setembro, quando a situação estiver desesperadora. Tomara que nossos dirigentes tenham visto que após a volta do campeonato brasileiro, em 30 dias disputaremos 7 partidas. Serão 21 pontos em jogo que podem nos dar tranqüilidade para brigar, no segundo turno, por algo mais digno do que lutar para não cair para a Segundona.


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