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Rodrigo Abud
Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.
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Alguns fatos mostram que o Atlético, há quatro anos, navega por mares tortuosos, está completamente sem rumo. As palavras convencem nos primeiros momentos, mas se perdem na sequência, com as ações que derrubam qualquer fala.
A parte diretiva promete e não cumpre. Estamos esperando os investimentos em chuteiras, as três primeiras colocações nos campeonatos disputados e o ano de muitas conquistas e alegrias prometidas.
O clube iniciou o ano avistando a Copa do Brasil, mas no meio do caminho se desfez do comandante, colocando em seu lugar um marinheiro de primeira viagem. Como se não bastasse, navegamos por seis meses e não saÃmos do lugar. Muito pelo contrário, parece que o barco está se despedaçando e a tripulação pronta para morrer afogada.
Alguns atletas passam a sensação de que cansaram de remar pelos outros, os que não remam com os demais querem pular do barco e tem alguns que se conformam em morrer afogados, já que o futuro e a sua qualidade técnica não permite uma ambição maior da que a oferecida pelo rubro-negro.
Em um ano que tinha tudo para ser bem aproveitado, se trabalhado de forma séria, dedicada e planejada o Atlético conseguiu o que era mais difÃcil, dar inÃcio a imersão de um navio que poderia e deveria estar em águas mais tranquilas, primeiro pelo tamanho da estrutura, depois pelo número de torcedores que teimam em tentar empurrar a embarcação.
Na terça-feira chegou o novo comandante, mas para fazer uma correção da rota ele precisa de novos e bons tripulantes, além do apoio dos que estão no barco que precisam estar dispostos a ajudar.
O mais lamentável é saber que, novamente, os coletes salva-vidas estarão nas mãos dos torcedores, contudo a salvação agora significa a agonia amanhã, e de que adianta esse circulo vicioso que nos leva sempre para o mesmo destino?
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