Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Dois times distintos

03/06/2010


O Atlético teve ontem contra o Botafogo dois times totalmente distintos. No primeiro tempo, pelo menos até os 20 minutos, o Atlético ainda tinha a cara do seu ex-técnico Leandro Niehues. Inexplicavelmente Carpegiani entrou com o zagueiro Leandro no lugar de Branquinho que começou no banco de reservas, mas teve que “queimar” uma substituição antes mesmo da metade da primeira etapa.

Assim trabalha uma pessoa com experiência, reconhecer seus erros é uma das grandes virtudes do ser humano e Carpegiani corrigiu o seu erro ao substituir Leandro por Branquinho. O time ainda patinou até o final do primeiro tempo, mas o gol de Paulo Baier, a conversa de Carpegiani nos vestiários e a saída de Alan Bahia transformaram o time para o segundo tempo do jogo.

Aliás, Alan Bahia, deveria ter a hombridade de pedir para não jogar ontem contra o Botafogo. Se domingo passado ele estava machucado ontem me pareceu que ele continuava machucado, pois não corre, não marca, não apóia e ainda atrapalha o time nas saídas de bola, afinal de contas não acerta nem um mísero passe de três metros. Mais um adendo: essa “má vontade” de Alan Bahia não vem de hoje, portanto, a diretoria poderia aceitar a grana oferecida pelo Botafogo e deixar ele fazer companhia para o zagueiro Antônio Carlos no time da estrela solitária.

O segundo tempo não poderia ter começado melhor, Fransérgio entrou no lugar de Alan Bahia e fechou a defesa junto com Manoel e Rhodolfo e logo aos dois minutos uma falta cobrada com maestria pelo capitão Paulo Baier fez a torcida atleticana sonhar com a vitória. Sem dúvida alguma este gol de Baier foi um dos mais bonitos da história do estádio Joaquim Américo, aliás, como é bom ver o nosso capitão correndo, orientando seus companheiros e voltando a jogar o mesmo futebol do ano passado.

Para fechar a vitória atleticana Alex Mineiro fez o último gol após receber de Márcio Azevedo e chutar a bola desviou no zagueiro do Botafogo e tirar o goleiro Jefferson da jogada. Depois da virada, vimos um time ainda nervoso dentro de campo, mas um time que estava conversando. Das arquibancadas eram nítidas as orientações de Paulo Baier e as cobranças entre os jogadores.

A vitória e a virada foram muito importantes para dar confiança aos jogadores, comissão técnica e para a torcida, mas ela de nada adiantará se a diretoria não se coçar e trouxer os reforços que o time precisa. Uma vitória como a de ontem não pode mascarar o quadro e as deficiências do nosso time.


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