Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Pontos

19/05/2010


EXCLAMAÇÃO !

“- Como é fraco este teu time hein!”

Juro que tento “catequizar” alguns amigos de fora, empresto camisa, arrumo ingresso e os levo aos jogos do Atlético. Mas com este time fica difícil. A exclamação é ainda mais acintosa quando se vê a beleza e modernidade do estádio que em absoluto coaduna com um time além de fraco um tanto frio dentro de campo, contrastando ainda mais com uma torcida louca e que ainda acredita.

O Atlético , de “case de sucesso”, de emergente que ousou ser grande, de único time que fez sair do papel e das maquetes o sonho de ter e fazer por conta própria seu próprio estádio causa hoje estranheza aos demais por apresentar dentro de campo, naquilo que é de mais importante num time de futebol que é o futebol uma equipe completamente fora dos padrões mínimos de uma primeira divisão do futebol brasileiro.

RETICÊNCIAS....

Pois é..... lá vamos nós outra vez.

Honestamente não sei por que as medidas que eram mais que necessárias não foram tomadas já em dezembro....pior! Não ficamos com parte dos jogadores que jogavam alguma coisa como Marcinho, Wesley e o esforçado Nei e a bem da verdade, já com o campeonato em andamento fizemos a única contratação que podemos chamar de reforço, o avante Bruno Mineiro, não á toa artilheiro do time...

Vir de um Brasileiro medíocre ano passado, ter empatado com o rebaixado Toledo e perdido de virada em casa para o Operário não serviriam para a direção perceber que o elenco necessitava urgentemente ser reforçado....daí fica difícil mesmo...

INTERROGAÇÃO ?

É o Atlético uma empresa de capital aberto com objetivo de auferir lucros ou uma pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos, constituída sob a forma de associação conforme preceitua o artigo 1º de seu estatuto social? E dizer o que do parágrafo único deste mesmo artigo que assinala “as modalidades esportivas praticadas no âmbito do Clube incluirão necessariamente o futebol, que será desenvolvido em nível de rendimento” ?

Somos ou não um clube de futebol? Adianta apresentar balanços positivos, uma gestão equilibrada e eficiente se naquilo de mais importante somos falhos e pelo quarto ano seguido?

A direção falou sério quando não quis revelar quanto despendeu para trazer os colombianos (já dispensados) afirmando “ser um investimento que poucos clubes fariam atualmente”? Sim, porque poucos times gastariam tão mal assim seu dinheiro, se é que gastamos algo.

Por fim vale a pergunta: vale a pena tentar Brasão, Serna, Zulu, Eduardo, ter o desplante de ceder uma camisa para um analfabeto da bola como Kamali, repatriar Geilson, não dar chance para Tiuí e arriscar com Jorge Preá ao invés de ter trazido Pedrão, então no Barueri ou Rafael Coelho então no Figueirense?

Valeu a pena ter que gastar um pouco e trazer quem sabe jogar como Bruno Mineiro? Até quando teremos essa economia burra no Atlético?

FINAL.

Todo mundo sabe que Leandro não ficará no comando do Atlético. Ele chegou em seu ponto final. Fui muito relutante a criticar seu trabalho por saber da absoluta falta de qualidade do elenco, mas ele não se ajuda.

Inventar quando temos um time que mal sabe o be-a-bá, não ter convicção no que planeja por mudar conforme o vento, falar demais, justificar demais e explicar de menos estão colocando um ponto final em sua emergente carreira dentro do clube. Afirma ele que se tivesse sido campeão a pressão seria menor. Certo e lógico, futebol necessita de resultados e ele traz resultados piores que seu antecessor Antonio Lopes.

Afirma ele que se fosse um treinador mais tarimbado a paciência da torcida seria maior. Com certeza, até porque um treinador mais gabaritado faria infinitamente menos besteira que Leandro, além de ter culhão de segurar o rojão num momento difícil ao invés de ficar choramingando e não admitindo seus erros.

Por fim, quando a direção colocará um ponto final em toda essa mediocridade que tomou conta de nosso futebol? Fica a interrogação.

ARREMATE

“Se o cara nasce mané/
Cresce mané/
Morre mané, mané”
. Cabrobró - TIANASTÁCIA


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