Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Lost

11/05/2010


Há uma ilha perdida no Pacífico sul com estranhos poderes eletromagnéticos e lendas sobre viagens no tempo. Há um time inteiro perdido pelos lados do Umbará, ilhados e dirigidos por pessoas alheias à realidade dos fatos.

O que parecia o mocinho, o salvador e altruísta não é má pessoa, mas também possui suas fragilidades e conflitos pessoais. Ele também esconde seus segredos, mesmo tentando parecer perfeito aos demais. Assim como “os outros” da ilha de Lost, o Atlético se fecha aos empresários da bola, mas tem que descobrir que os verdadeiros “hostis” estão em seu próprio seio e não do outro lado do muro.

Viagens no tempo nos ajudariam a resgatar na realidade, e não num universo paralelo, uma época de ouro que nos é bastante recente quando apostávamos sim em jovens promessas, quando trazíamos sim dos confins desse Brasilzão atletas desconhecidos, fazíamos com que crescessem e desenvolvessem seu futebol, mas quando o objetivo era primeiramente formar times de verdade, para somente depois lucrar com as conseqüentes negociações.

Assim formamos um Kléberson, criamos um Gabiru, um Lucas, achamos um Kléber. Mas eles não caíam no CT como os “escolhidos” do vôo 811 da Oceanic, eram trazidos para jogar ao lado de gente já com reconhecida capacidade como Souza, Sandoval, Axel e Kelly. Coincidência? Não, tudo tem um porquê.

Atropelar os fatos e tomar decisões precipitadas fez com que um barco de resgate explodisse em alto mar, que um helicóptero caísse quando estava em fuga e fez o submarino que enfim os levaria de volta à realidade tivesse que retornar à Ilha. Decisões claramente equivocadas e tomadas reiteradas vezes também nos “prendem” a esse círculo vicioso de derrotas, perda de títulos e busca incessante por patrocinadores. Mas quem colocaria o que pedimos de dinheiro para estampar sua marca atrelada à uma marca que não é vencedora? Teríamos que ter um rico patrocinador como possuía a Iniciativa Dharma aplicando a fundo perdido desse jeito.

Lost está acabando e eu adoro o seriado.

Amo o Atlético. Espero que esta direção mude o rumo e não siga “acabando” com o meu Furacão.

ARREMATE

“Vocês que fazem parte dessa massa/
Que passa nos projetos do futuro”
. Admirável gado novo – ZÉ RAMALHO.


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