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Paulo Perussolo
Paulo Roberto Perussolo, 36 anos, é estudante de Direito. Seguindo a tradição da família, acompanha o Furacão desde a infância, tornando-se cada vez mais fanático. Considera o Atlético mais do que um clube de futebol, um dos grandes amores de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2010 e 2011.
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No próximo final de semana começa mais uma edição do Campeonato Brasileiro. O Atlético é o único representante paranaense na elite, o que para alguns é uma responsabilidade a mais. Com ou sem esse peso nos ombros, a torcida atleticana está muito preocupada com o futuro do time, e não era pra menos, já que vivemos mais uma daquelas temporadas a esquecer.
Após a perda do Campeonato Estadual e a eliminação na Copa do Brasil, o Brasileirão é o que resta ao Furacão neste ano, já que nem para a Copa Sul-Americana nos classificamos desta vez. Se houve o tal planejamento para 2010, a única certeza é que ele falhou. A inércia dos anos anteriores continua viva nos mandatários do clube, não vemos sinais de força que possa alterar esse estado.
É um tanto quanto repetitivo escrever sobre o Atlético ultimamente, os erros são sempre os mesmos... As posições carentes continuam sem contratações, não há treinador que dure um ano sequer no clube. Qual o prognóstico que podemos fazer para o Brasileiro que não a luta contra o rebaixamento? Não há outra perspectiva para o nosso querido Atlético se nada for feito, e há pouco tempo para isso.
A diretoria que é pura contradição – hora diz que trará jogadores consagrados, hora diz que não há dinheiro para reforços “de peso” – se mostra perdida no comando do futebol. Delega a coordenação da área a um ex-dirigente de outro clube da cidade que pouco acompanha os treinamentos do time, pois ocupa cargo no Tribunal de Contas, além de não ter autonomia para contratar jogadores.
O Rubro-Negro virou o rei da sondagem no Brasil; não há clube que tenha “sondado” tantos atletas... Contratar mesmo é só promessa da Petit Carneiro. Continuamos com as antigas carências, principalmente na meia cancha e no ataque, mas ainda que sejam apresentados reforços esta semana, por questões burocráticas e/ou físicas, dificilmente estarão aptos para a estréia contra o Corinthians; eis o nosso planejamento. A diretoria parece apostar na “janela da Copa do Mundo” para corrigir os equívocos, assumindo um risco que há anos bate à porta do Atlético. “Quem muito namora acaba casando”: o dito popular parece representar a vida do Furacão nos últimos tempos, só que ninguém quer casar com essa pessoa feia, desdentada e maltrapilha que é a Série B.
O sangue italiano de Malucelli precisa voltar a correr com força, como escreveu ontem o Juarez Villela. Carecemos de pulso firme, ousadia; faltam contratações. Quero acreditar em uma campanha melhor no nacional, mas para isso a diretoria precisa agir, empregar a força necessária para nos livrar dessa inércia.
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