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Daniel Machado
Daniel Lopes Machado, 46 anos, é empresário e consultor em sistemas de informação. Considera os versos da sexta estrofe do hino atleticano, escritos por um ex-jogador, imortalizado em uma espontânea demonstração de amor ao clube, a mais bela poesia de todos os tempos: "A tradição, vigor sem jaça... Nos legou o sangue forte... Rubro-negro é quem tem raça... E não teme a própria morte!" Foi colunista da Furacao.com entre 2008 e 2010.
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Os humanos andam tão sem propósito, tão estupidamente eloquentes sobre o progresso destrutivo e o cotidiano caótico; tão cheios de si e, ao mesmo tempo, sem saber que rumo tomar, que horizontes olhar...
O malandro se dá bem, o honesto se dá mal. É o Brasil que trabalha para o vagabundo, que respeita a polÃtica do peixe pronto e a Lei de Gérson.
Ainda não é regra, mas também já não é mais exceção. Se o futuro das crianças estiver em risco, 'azar do Baltazar'. Se a integridade de um cidadão for manchada, não importa: 'antes ele do que eu'.
Enfim, os humanos andam tão sem propósito que ser chamado de macaco deveria ser elogio.
Afinal, macacos não derrubam bananeiras.
Se eles soubessem, negariam-se a evoluir.
Não importa a cor ou a procedência, sexo ou religião. Pregar que somos todos iguais é tão absurdamente óbvio que eu me recuso a comentar.
Os macacos talvez saibam: nós, humanos, somos mesmo todos iguais. Lá sim, no planeta dos macacos (fiquei sabendo através de um sÃmio amigo meu), ser chamado de humano é a mais grave das ofensas.
O Danilo não é macaco. Ele é tão humano, mas tão humano, que já ficou famoso por aqui há tempos, não só pelos chutões, mas também pelas bandalhices e canalhices extra-campo.
O Manoel é melhor que Danilo, dentro e fora de campo, como jogador e como pessoa. Não que eu conheça o Maneco, mas pior que o Danilo ele não pode ser.
Sem qualquer sombra de dúvidas, Manoel é bem mais macaco que Danilo. Humilde e batalhador, quase manteve-se impassÃvel diante de uma covardia que só os mais covardes são capazes.
Infelizmente, ontem o Palmeiras venceu, assim como os malandros que se dão bem. E o Atlético perdeu, assim como os honestos que se dão mal. Um pouco por falta de qualidade técnica, um pouco por falta de sorte. Pelo menos não faltou vontade.
Aos palmeirenses e comentaristas esportivos, deixo um aviso despretensioso, só um humilde recadinho, leva para casa quem quer: o Palmeiras é um clube grande e relativamente vencedor, mas nunca vai ganhar nada na vida enquanto vocês acreditarem que o fraco e desagregador Danilo é um craque, grande e raçudo xerife de zaga.
Danilo, não venha a Curitiba. Pelo mau exemplo aos filhotes de humanos. Pelo bem dos macacos que ainda restam no mundo.
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