Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Critérios

06/04/2010


Bruno Mineiro sofreu falta em um lance na intermediária. Na dúvida, qualquer árbitro consultaria o assistente. Na convicção, pararia o jogo e marcaria a falta. A infração foi consequência de um tapa, um “sopapo”, um soco do jogador do time da segunda divisão em Bruno. Falta clara. E se foi falta, e se o árbritro assoprou o apito, deveria, no mínimo, amarelar o agressor. Falta, apenas falta. Mandou Bruno levantar, e só.

Uma tremenda falta de critério, já que o mesmo juíz amarelou Pepe Toledo por reclamação e eliminou automaticamente o gringo do próximo compromisso do Atlético.

Falta de critério. Cuidado, o Atletiba vem aí!

O mesmo Bruno Mineiro sofreu uma lesão e foi obrigado a ficar no vestiário. Não retornou para o segundo tempo de jogo, e mesmo com a partida ainda empatada em zero a zero, Leandro mandou a campo o atacante colombiano, sem ritmo de jogo e completamente fora de órbita. Culpa do Serna? Não. Na minha opinião, não. Culpa de Leandro Niehues, que tem mais sorte que juízo e que tem Paulo Baier no time, somado a inspiração do gringo argentino. Dependesse da substituição de Leandro, totalmente sem critério, o Furacão não sairia do zero do placar.

Sinceramente, algumas coisas são difíceis de entender. Se a intenção era, aos poucos, incluir Bruno Furlan na equipe, por que em um jogo importante, que poderia nos tirar do caminho do título, o comando técnico mandou a campo um jogador que até agora não mostrou quase nada de produtivo? Será que foi mesmo Leandro Niehues que mandou Serna ao campo de jogo?

Falta de critério.

Caso Furlan não tivesse aproveitado as oportunidades e, principalmente, tivesse comprometido o resultado dentro de campo, até concordo. Mas é um jogador absolutamente contrário a Serna. Rendeu, fez gol, mostrou velocidade e deverá, em pouco tempo, brigar por uma titularidade. Entre Furlan, Tartá e Patrick, creio que não haja dúvidas. O critério aponta a escalação de Bruno Furlan.

E os critérios para as novas contratações? Quais serão?

O campeonato brasileiro vem aí. Nosso time é razoável para conquistar o paranaense, mas é bom que se pense rapidamente em complementar este elenco com peças de mais qualidade. Apostar no retorno de Alex Mineiro, na recuperação eterna de Claiton e que caia do céu um lateral direita com potencial para vestir a camisa do Atlético, pode ser arriscado demais.

E aí, não há critério que resolva.


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