Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Santa semana!

31/03/2010


O atleticano está mais aliviado. Depois de um início conturbado no campeonato paranaense, houve sim uma evolução da equipe e a rede voltou a balançar. Lá no início, quando Paulo Baier saiu lesionado de campo logo no primeiro jogo do ano, já tínhamos a sensação de que este ano não seria fácil. E não será.

Estamos todos mais aliviados, mas não vamos esquecer que o nosso time está com o pé no fundo do acelerador. Estamos na velocidade máxima, e exatamente por isso tenho minhas profundas preocupações com o campeonato brasileiro. Também não vamos esquecer que nossos adversários atuais são tímidos, limitados e com claras deficiências técnicas.

Ué, mas não evoluímos?

Sim, evoluímos. Lógico que evoluímos, mas tivemos espaço para a evolução. Tivemos o retorno da boa forma de Paulo Baier, mesclado ao ajuste da equipe e a busca de uma possível consistência da dupla de ataque Bruno e Pepe. Contamos também com a afirmação da dupla de zaga Rhodolfo e Manoel, com destaque ao “zagueiro voador”, demonstrando mais confiança e parecendo jogar mais à vontade. Somando-se o voluntarioso Netinho (como corre esse cara!) a este meio de campo que tornou-se mais ofensivo, mais leve e mais solto sob o comando de Leandro Niehues, o Atlético é outro.

Não é mais aquele Atlético morno, lento e paciente do velho e bom Antonio Lopes. Talvez sem Baier, a peça principal do time e a referência absoluta no meio, Lopes tenha ficado sem opções de criação. Se o meio não cria, a bola não chega. Se a bola não chega, o ataque não funciona, pois Bruno, até então, tinha a necessidade de voltar para buscar a bola na meia cancha. Hoje, dos pés de Baier, Netinho a da ala esquerda, a bola chega com mais facilidade na frente.

Me desculpem os adeptos de Raul, mas continuamos com uma ala direita pouco produtiva, apenas razoável para o fraco campeonato regional Para essa posição, há uma gritante necessidade de reforço, de preferência alguém que chegue ao CT e já treine no time titular com a camisa 2.

Enfim, santa semana!

Um Furacão que me parece mais com os pés no chão, nos causando a impressão que Leandro assumiu o comando e soltou o freio de mão. É isso aí! Atlético, principalmente em casa, precisa ser um time ofensivo, sem medo de atacar e sem medo de errar.

Neste ritmo acelerado e com a consciência de que isso é só o começo para a preparação de um time forte para o campeonato brasileiro, creio que desta vez o Atlético está no caminho certo. Que venha o Sampaio, a classificação e a certeza de que o domingo será de alegria para toda a nação atleticana.

Boa santa semana a todos e Feliz Páscoa!


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