Paulo Perussolo

Paulo Roberto Perussolo, 36 anos, é estudante de Direito. Seguindo a tradição da família, acompanha o Furacão desde a infância, tornando-se cada vez mais fanático. Considera o Atlético mais do que um clube de futebol, um dos grandes amores de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2010 e 2011.

 

 

A melhor defesa é o ataque

29/03/2010


Nada melhor do que estrear a coluna quando o time passa por um bom momento e temos coisas boas a falar. O Atlético venceu o terceiro jogo seguido de goleada, foram treze gols marcados e apenas um sofrido. Depois de meses, o time voltou a apresentar uma disposição tática dentro de campo, coisa que não acontecia com Antônio Lopes. Não vou entrar no mérito da fragilidade dos adversários, são fracos mesmo e todos sabem, a análise é pautada na evolução do próprio Atlético.

Leandro Niehues assumiu o comando técnico da equipe na partida contra o Iraty, e sob a desconfiança da torcida estreou mal: derrota para o Azulão. Empatou fora de casa com o fraco Sampaio Corrêa, e terminou a primeira fase do Paranaense com certa pressão dos torcedores, apesar da goleada diante do Paranavaí. O Furacão não teve atuação brilhante naquela partida, mas parecia melhor distribuído em campo, o que ficou ainda mais evidente após nova goleada, desta vez contra o Corinthians do Paraguai, digo, do Paraná.

Sábado o Furacão foi perfeito contra o Cascavel. Dominou os noventa minutos, e mais do que a goleada por cinco a zero, comemoro a evolução tática do time. Criamos como ainda não havíamos criado este ano, foram várias chances de gol, além dos assinalados. Ainda que o setor defensivo mereça elogios, vale destacar a maior liberdade conferida aos alas, que participaram efetivamente das jogadas de ataque, inclusive com direito a gol do ainda inconstante Raul.

Paulo Baier, o maestro, já retomou a velha forma e comanda o meio de campo atleticano com passes açucarados, e sempre é digno de menção, mas os louros desta coluna vão para a nova dupla de ataque do Atlético: Bruno e Pepe. Apesar de pouco terem atuado juntos, o matador mineiro e o garçom argentino demonstram grande entrosamento, o resultado disso é a minha rouquidão nesta segunda. Os gritos de gol não estão mais entalados na garganta. A tática voltou. E voltou como mais gostamos: a melhor defesa é o ataque.


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