Ricardo Campelo

Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.

 

 

Ceticismo

23/03/2010


Posso dizer que sou um cara cético. Não me impressiono facilmente, costumo manter os pés no chão, e é difícil me convencer de que algo dará certo quando os fatos parecem indicar o contrário. A verdade é que sou meio chato, admito.

Mas pergunto: como não ser cético com relação ao Atlético contemporâneo? Há quatro anos, não comemoramos nada em âmbito nacional que não seja escapar do rebaixamento. E no fraquíssimo futebol paranaense, conseguimos apenas um título estadual.

Neste ano de 2010, não tivemos a capacidade de superar o Coritiba na primeira fase do paranaense, time que jogou a maioria das partidas longe da capital e mesmo assim garantiu o supermando. Já o Atlético conquistou uma mísera vitória longe de Curitiba - sequer o semi-amador Vilhena ou o Sampaio Corrêa sucumbiram ao nosso time.

Pode haver surpresas no estadual. No ano passado, o supermando teve sua força mitigada quando perdemos o clássico. O título veio pois o Coritiba conseguiu ter um rendimento pior que o nosso contra os times do interior. Se vencermos os times menores na Baixada, a decisão do título deste estadual será no Atletiba, no Couto Pereira.

De uma coisa sabemos. Pra ganhar este título será preciso jogar bola, e mostrar brio. E pelo que este elenco apresentou até agora em 2010, não dá para abandonar o ceticismo.

O curioso de ser cético é que você torce contra você mesmo. Torce para estar errado, como já estive várias vezes. É o que me resta.


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