Ricardo Campelo

Ricardo de Oliveira Campelo, 44 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.

 

 

Fragilidade

08/03/2010


Frágil em campo, o Atlético viu o Coritiba dominar o primeiro tempo, e só conseguiu achar o gol pela pressão da torcida e num lance de bola parada. Melhorou no segundo tempo, mas não o suficiente para segurar o resultado.

Desanima ver um time com tamanha falta de criatividade, ainda mais num Atletiba em que o Atlético precisava da vitória. O esquema de Lopes com três volantes aniquilou a ofensividade do Atlético, sobrecarregando Netinho (que foi mal) e deixando os atacantes isolados, sem ver a cor da bola.

Invictus

É impressionante a capacidade do festejado Héber Roberto Lopes de atrapalhar Atletibas. Não há nada a reclamar do empate, resultado justo pelo que jogaram as equipes. Mas a postura do árbitro chama a atenção: performático, parece sempre querer sobressair em relação ao jogo, invertendo marcações como quem quer mostrar que ele é "quem manda", com o poder inclusive de negar os fatos.

Fato é que o gol do Coritiba saiu de uma falta inexistente, e marcada minutos depois de o árbitro deixar seguir um lance semelhante (ainda mais ríspido) no ataque atleticano. Falta-lhe critério - ou existe um critério oculto, que estaria a explicar o retrospecto absurdamente desequilibrado de Héber em atletibas.

Supervantagem

Com méritos, o Coritiba praticamente assegurou o "supermando", depois de ter sido o melhor durante toda a primeira fase do estadual. Neste ano, todos estavam bem avisados sobre as - bizarras - regras do regulamento, e prevaleceu a regularidade do time de Ney Franco, que foi consistente na busca por este objetivo.

Já o Atlético não parecia interessado nesta conquista. Pior do que o empate de ontem, foram os fracassos contra os times pequenos, notadamente a derrota em casa para o Operário.

Para reverter este quadro, não haverá alternativa senão vencer o clássico no Couto Pereira, na segunda fase, o que inutilizaria a vantagem do supermando e dos tacanhos "pontos extras" regulamentares.

Tá na hora deste time começar a jogar, Professor Lopes.


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