Michele Toardik

Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.

 

 

Engasgado

01/03/2010


Após um início de temporada onde nos inflamos mais com embates políticos do que com o futebol propriamente dito, nada melhor do que um clássico para colocar as coisas em ordem – ou não – e melhorar o assunto.

Como em todo início de ano, todo atleticano que se preze, imaginou que seus pedidos de Reveillon se materializariam instantaneamente e que todas aquelas expectativas adiadas nos anos anteriores seriam finalmente atendidas. O tão esperado investimento em chuteiras sairia da promessa e vingaria. Vislumbrou-se um ano de redenção, repleto de conquistas e com muita tranquilidade. E o Campeonato Paranaense, por se tratar de uma obrigação, definido com um pé nas costas.

No entanto, mais uma vez, não está sendo assim tão lógico...

Até tivemos gratas surpresas com as contratações, mas também outras decepções sumárias. Deixamos escapar pontos importantes que podem ter prejudicado a conquista do Supermando e, por sua vez, uma segunda fase sem riscos. Vimos, muitas vezes, um time instável na presença de equipes medíocres e aquela desconfiança voltou a rondar o torcedor atleticano.

Neste momento, após uma vitória importante fora de casa e também com a classificação para a próxima fase da Copa do Brasil, paira a sensação de que o time está encontrando seu prumo e que pode ser um ano diferente e compatível com as nossas esperanças.

É óbvio que estamos longe de ser aquilo que se espera de um Atlético forte. Mas domingo é a honra rubro-negra que estará em jogo e mais do que nunca temos que vencer esses coxinhas. Ou alguém aí já digeriu numa boa aquela derrota por 4x2?

Danem-se nossas limitações! Se clássicos não costumam ter favoritos, nesse eu arrisco a dizer que há um time obrigado a vencer e, obviamente, é nosso Atlético.

De um lado: o Clube que ostenta o título de vergonha nacional, desmoralizado, empobrecido, abandonado por sua “torcida”, exercendo uma liderança burocrática, mas com aquele eterno “Rei na Barriga”. Do outro: o Furacão da Baixada, da torcida incondicional, de pífias campanhas recentes, mas que carrega o peso de ser o único representante paranaense na elite do futebol brasileiro.

Nem que seja na base do sobrenatural, não aceito nada que não seja a vitória rubro-negra no próximo domingo, com toda a certeza de que a torcida fará por onde e carregará essa vitória no grito.


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.