Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Não falta mais nada?

25/02/2010


Diante de toda a chuva que caiu na noite de ontem em Curitiba, o Atlético passou sem dificuldade para próxima fase da Copa do Brasil, ao derrotar o Vilhena (RO) por 4 x 0, apesar do time ter jogado relativamente bem, tendo em vista a fragilidade do adversário e a contar que eles jogaram todo o segundo tempo com um jogador a menos, o placar elástico pode mascarar uma situação que todos estão vendo, mas alguns fazem questão de tapar o sol com a peneira.

Voltemos um pouco, mais precisamente algumas semanas atrás, numa mesma quarta-feira à noite, na Arena da Baixada, o Rubro-negro era derrotado pelo Operário, de Ponta Grossa, em uma quinta-feira o jogo contra o lanterna Engenheiro Beltrão, apesar da vitória, foi sofrido para o torcedor, chegando ao último domingo no empate diante do Nacional, em Rolândia. No meio do Campeonato Paranaense teve o jogo de ida lá em Vilhena, onde “arrancamos” um empate contra o Vilhena. Cabe aqui uma pergunta: Será que não falta nada para este time?

No jogo lá em Rondônia, técnico e jogadores atleticanos falaram que o time local entrou com uma determinação e uma motivação maior do que a nossa, no mínimo estranho, não? É inadmissível um clube do porte do Atlético sofrendo para ganhar de adversários infinitamente inferiores tecnicamente e o pior entrando em qualquer competição sem determinação ou sem motivação.

E não estou desmerecendo nenhum adversário, estou apenas falando que estrutura e estádio não ganham jogo, se o Atlético não tivesse a torcida que tem estaria fazendo companhia para Coritiba e Paraná Clube na segunda divisão faz muito tempo, só que algumas pessoas não cansam do mesmo discurso de 5, 10 ou 15 anos atrás, que o Atlético é um clube do futuro, um clube diferenciado, é um clube grande, só esqueceram de passar isso para alguns jogadores que insistem em jogar como se estivessem vestindo a camisa de times da suburbana da nossa capital.

O Atlético é sem dúvida um time grande (dentro das suas limitações) e neste momento fica evidente uma coisa: não está faltando vontade aos nossos jogadores, mas sim qualidade, sendo assim, cabe a diretoria e a comissão técnica fazer uma real avaliação do elenco e contratar jogadores que venham para serem titulares, pois alguns nomes não têm a mínima condição de vestir a camisa do Atlético.

Entrevista coletiva

O presidente atleticano Marcos Malucelli na semana passada concedeu uma entrevista a Rádio Transamérica e esclareceu alguns pontos importantes sobre a sua gestão, negociações envolvendo a antiga gestão e até de futuras contratações, porém tomado pelo veneno do comentarista da Rádio, o senhor Airton Cordeiro, o presidente, tomado pela emoção, destilou toda a sua raiva e mágoa no ex-presidente Mario Celso Petraglia. Não contente marcou uma nova entrevista coletiva para a última terça-feira, desta feita na Arena da Baixada, diante de todos os jornalistas e quando era esperado algo novo ou diferente o que ouvimos? Nada de interessante, algumas acusações aos antigos parceiros e a ex-funcionários do clube e nada mais.

Agora vem a pergunta, para que tumultuar o ambiente se no próximo dia teríamos um jogo decisivo pela Copa do Brasil, contra o Vilhena? Se não teríamos novidade nenhuma em relação a novas contratações, patrocínio, intermediação de jogadores ou se o clube estava tomando alguma medida cabível para conter toda esta sujeira qual foi a grande sacada desta entrevista coletiva? Para mim essa entrevista fora de hora foi um tiro no pé.

Para um novo round desta interessantíssima luta só falta a réplica do ex-presidente Mario Celso Petraglia que depois da entrevista para o Jornal Gazeta do Povo, falando especialmente da Arena Atletiba está em um silêncio profundo. Será que vem coisa boa por ai?


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