Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Faltou ambição?

11/02/2010


E a Copa do Brasil começou. E pelas declarações dos jogadores atleticanos após o empate contra o Vilhena pudemos perceber que o planejamento não foi muito bem executado, pelo menos na estreia da competição nacional. Muito se falou que o Atlético iria dar prioridade ao torneio que é o caminho mais curto para a Taça Libertadores da América, mas os próprios jogadores admitiram ontem após o empate por 2 a 2 com o Vilhena que faltou vontade e atenção, que o time deles correu muito mais que o nosso. Isso é fruto de uma viagem desgastante, de um campo encharcado e de um mal que vem assolando o Atlético já faz algum tempo: a falta de tesão para vencer seus jogos e as competições que disputa.

Na teoria tudo é muito bonito e dizer que o time entrará em qualquer competição para vencer é, no mínimo, obrigação para quem vive de futebol. O difícil é, na prática, você conseguir colocar isso na cabeça dos jogadores, sendo assim, qual a motivação a mais que o Vilhena teve? Qual a real ambição do Vilhena na Copa do Brasil e qual a real ambição do Furacão na mesma Copa do Brasil? Não podemos negar que o resultado de empate com dois gols feitos na casa do adversário nos abre caminho para projetar a nova fase no torneio, porém o histórico do Atlético nesta competição sempre deixa o torcedor com a pulga atrás da orelha. Portanto, todo cuidado é pouco.

Sem menosprezar ninguém, muito menos o time do Vilhena que fez e muito bem a sua parte, a pergunta que fica é: qual o principal objetivo do Rubro-negro? Temos fôlego para seguir na Copa do Brasil? E aqui não é simplesmente passar pelo Vilhena, mas a questão é se teremos fôlego para chegar numa final e vencer. Difícil, não?

Estamos cansados de palavras bonitas, queremos um futebol convincente, se não dá na qualidade que vençamos na base da raça como foi domingo passado o jogo contra o Paraná Clube, portanto, independente de adversário ou da competição nossos atletas tem que ter em mente apenas uma coisa: o nome do Clube Atlético Paranaense está em jogo, sendo assim, eu jogador de futebol, estou mexendo com a paixão de milhões de torcedores e devo me esforçar ao máximo para não decepcionar a gigantesca massa de torcedores atleticanos que me recebe sempre de braços abertos.

Pena que a grande maioria dos boleiros não pensa assim. É vida que segue, boa sorte e competência ao Atlético nas próximas rodadas do Paranaense e no jogo de volta da Copa do Brasileiro.


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