Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Andando para frente

08/02/2010


Já é praticamente uma lei: O país só começa a funcionar depois do carnaval. Porém, na bola a coisa não pode ser vista por este viés. O Atlético começou o ano levando (através do discurso) seu torcedor a acreditar que o clube conquistará o Campeonato Paranaense, entrará na Copa do Brasil em busca do título e realizará uma boa campanha no Campeonato Brasileiro.

Ainda antes do carnaval, depois de sete jogos, fica claro que o clube terá que fazer muito mais do que tem feito para alcançar os objetivos estabelecidos.

Mas tem um ponto que, ainda, intriga ao torcedor que é o de como se comportará o time com o retorno dos atletas contundidos e a entrada dos jogadores contratados. É inegável que o time irá evoluir ao contar com Paulo Baier, Claiton, Alex Mineiro, Javier Toledo e Venegas. Desses citados nem todos serão titulares, mas são boas opções para o atual elenco e tornam o furacão um time bem mais encorpado.

A presença desses atletas oferece ao treinador atleticano outra configuração para formar a equipe, com um meio campo mais criativo e consequentemente um time mais experiente, algo que faltou para o time em alguns jogos do ano passado.

Agora, ao mesmo tempo em que o torcedor aguarda para ver esse time em campo, fica a preocupação de saber que sem eles o Atlético nada mais é do que uma equipe normal, sem criatividade, apenas combativo na marcação. Lembrando que 80% dos jogadores que citei como soluções para o clube estão acima dos 30 anos e logo são mais suscetíveis a contusões, então mais opções são necessárias.

O que não podemos aceitar é que o diretor de futebol do clube Ocimar Bolicenho, em entrevista, diga que o rubro-negro conta com dois atletas para cada posição, ressaltando o discurso da quantidade em detrimento da qualidade.

Temos que ter no clube opções que agreguem conteúdo e não apenas jogadores que mesmo sem qualidade técnica, só por serem pratas da casa, vão a campo.

Temos que nos conscientizar que se continuarmos estagnados na bola deixaremos de crescer como time, voltando a dar alguns passos para trás, algo que estamos fazendo desde 2006 e lá se vão quatro anos de km contrária e justamente por isso a nossa distância técnica para os clubes do eixo RJ-SP está cada vez maior.


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