Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Nos legou o sangue forte

04/02/2010


Nosso hino tem tão belas passagens que fica difícil destacar alguma além do refrão. Não sei há outro hino de clube que traduza tanto a alma e espírito guerreiro de uma nação como o nosso com seu povo. Assim nos sentimos representados pela letra de Zinder Lins musicada por Genésio Ramalho e não temos dúvidas que desde a primeira vez que a ouvimos, sabemos mais do que nunca o quão somos atleticanos.

E falando em primeira vez, ontem diante do Cianorte foi o debut do meu sobrinho Noah no estádio. Criança com pouco mais de um ano, alegre, disposta, correu por tudo, andou por cada lugar que mesmo eu, assíduo frequentador do novo Joaquim Américo há mais de década nunca havia reparado existir.

Entrei orgulhoso com ele no colo, falando em seu ouvido que ali é o templo onde ele vai sorrir muito, se alegrar, cantar, soltar talvez espontaneamente seus primeiros palavrões, bater palmas com força, rodar a camisa, se emocionar e chorar. Por enquanto ele bateu muitas palmas e eu é que quase chorei no final da partida.

Mais um atleticano “nasceu” ontem e esse legado do sangue forte rubro-negro já corre em suas veias. Bem-vindo Noah, seu tio te ama muito.

MI MI MI

Rhodolfo andou reclamando da torcida. Mas primeiro a torcida é que reclamou dele e com razão. Quando dá chutões improdutivos à la Danilo ou quando bate uma síndrome de Baresi ou Beckenbauer é que é dose. Rhodolfo surgiu numa fase muito complicada da equipe e além de dar conta do recado se destacava pelos gols que fazia. Ontem jogou seu feijão com arroz, fez um golaço de cabeça e cobrou faltas muito boas, sendo mais uma opção no elenco.

A matemática é simples, caro Rhodolfo: ao invés de falar, treine, se dedique, jogue! Nunca vi Netinho reclamando da torcida pegar o seu pé, a despeito de o meia ter passado por uma fase realmente horrível. Netinho ficou na sua, aceitou o afastamento do grupo principal, trabalhou e hoje, ainda que parte da imprensa e uma pequena parcela da torcida não admitam sua importância, vai sendo o autor intelectual de mais da metade dos gols do time, fruto de seu trabalho e dedicação.

Que Rhodolfo continue a fazer crescer seu futebol, qualidades já mostrou e tanto Netinho como Alan Bahia, “desgraçados” por parte da torcida que continuem a trabalhar direito, com afinco e respondendo dentro de campo e não nos microfones da imprensa.

ARREMATE

“ A morada do sussego hoje é o meu lugar/
Uma amizade a mais é uma saudade a menos.”
. O Dom, a Inteligência e a Voz – CHARLIE BROWN JR.


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