Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Oito ou oitenta

26/01/2010


O Atlético fez aquilo que se espera numa partida dentro de casa diante de um adversário mais fraco: venceu e bem. A goleada mostrou que o time, ainda que limitado, quando se esforça demonstra qualidades, mostra que é capaz de algo mais. Não uma qualificação entre os primeiros do Brasileiro ou uma Copa do Brasil, mas mostra que temos jogadores que se não são craques, não são as soluções que tanto precisamos, são boas opções dentro do elenco.

E assim vai o campeonato paranaense, aquele que (pasmem) se torna emocionante desde o começo, devido às imensas vantagens do supermando, da segunda ou até mesmo terceira colocação, já que uma graça na casa dos primeiros e se fazendo o serviço em casa, pode-se ganhar o campeonato. Supermando é um assunto aliás que foi discutido em primeira mão aqui na Furacao.com, mais especificamente pelo amigo colunista Ricardo Campelo que foi inclusive tachado de ignorante, de pessoa que não sabe ler regulamento, mas que fez o óbvio do óbvio: leu e interpretou o que estava escrito, não aquilo que eles queriam ter escrito!

Assim segue nosso

campeonato paranaense

.... que além do supermando tem outras características ímpares. O sem número de camisas de clubes “grandes” do eixo Rio-São Paulo no interior do Paraná é de se fazer inveja até mesmo ao interior desses estados.

Aliás, aceitar uma filial de Corinthians aqui dentro, com a bandeira de São Paulo no escudo do peito é assumir a “quinta comarquisse” de vez. Pudera, as corridas de rua de Curitiba devem sair do centro e a Pedreira está fechada porque a província parece estar alheia que Curitiba é sim uma metrópole, talvez a mais bela cidade do seu porte no país e vanguarda em soluções urbanas. Mas o tradicional povo curitibano parece preferir ficar longe disso, escondendo-se em seu próprio casulo.

O estadual tem mais coisas engaçadas, como jogadores que parecem eternos nos seus times. Assisti Engenheiro Beltrão X Coritiba até começar Inter X Milan domingo e vi de novo o tal Safira no alvinegro (o do interior, não o da capital que se intitula *verdão). Sei lá desde quando o time dele está na elite do paranaense, mas desde então ele joga no Engenheiro.

Lembrei também de Ratinho, a cara do Rio Branco de Paranaguá e me veio à memória o ponta direita Alessio, que fazia e acontecia com a camisa do Londrina. Jogadores para todos os gostos, para todos os estilos. Sujeitos que são a cara do time, muito mais que ..

jogadores

....como Alan Bahia é no Atlético. Ele e Netinho são exemplos daquilo que escrevi semana passada, não servem e nem podem ser considerados OS caras, titulares absolutos e soluções dos problemas do Atlético. Mas são sim boas opções.

Dose é que para parte da torcida eles podem fazer três gols por rodada que não estará bom. Tudo bem não os ter como ídolos, não ter confiança no futebol deles, que ao lado de Galatto e dos importantes gols de Rafael Moura foram os responsáveis dentro de campo pelo milagre de não termos caído em 2008. Um pouco de respeito a estes profissionais seria interessante.

Não são os jogadores dos nossos sonhos, mas nem por isso temos que criar pesadelos com eles em campo.

pesadelo

... é o que vive o mascarado Robinho. Concordo com o que escreveu Rogério Andrade do portal IG sobre o futebol inglês: “O plano de Robinho é simples. Ele volta ao Santos. Disputa o Paulistinha, a Copa do Brasil (encara o temível Naviraiense-MS) e o início do Brasileiro. Só com moleza pela frente, ele consegue apoio popular para se manter no time de Dunga e vai para a África do Sul. Fácil, não? Aí depois a gente perde a Copa porque não faz em gol em ninguém e vão colocar a culpa no cara que ficou arrumando a meia.” . Para quem virou as costas para aquele que é considerado o maior clube de futebol do mundo, o Real Madrid, para fazer leilão e acabar num clube suburbano da Inglaterra, não se espera coisa diferente.

Ainda que simpatize com o Milan, gostei de ver a atuação apagada de Ronaldinho e sua já tradicional pipocada quando o bicho pega pra valer. A campanha canalha da TV para sua volta à seleção merecia um revés desse.

E a defesa que fez de tudo para cairmos anos atrás? Joga muito Danilo no Palmeiras, joga muito Antonio Carlos no Botafogo. Dodô agradece....


ARREMATE
“Um abraço, um sorriso, um aceno/
Coisas fáceis/
Gestos tão pequenos. ”.
Coisas fáceis – JAIRZINHO OLIVEIRA


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