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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Um novo Atlético
18/06/2004
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Sabemos sobre a visÃvel mudança que ocorreu nos últimos tempos pelos lados da Baixada. Retomamos a harmonia, o ambiente positivo foi restaurado e o otimismo deve prevalecer. Observando o desenrolar das coisas, estamos fortemente sendo influenciados por fatores que nos motivam a voltar a ter grandes esperanças. Ao contrário do que eu mesmo temia, Levir Culpi colocou ordem na casa e devolveu aos jogadores o bem estar do grupo, fator essencial e básico para jornada em qualquer competição.
Adriano está de volta, e sobre o "gabiru" não é preciso falar mais nada, pois o colega Juarez Villela emendou precisas palavras sobre o craque em sua última coluna. Terminou com um "seja bem vindo", e creio que estes são os mais sinceros votos de toda a nação rubro negra. O meio campo Morais também chegou para somar, e quando dizemos que o campeonato é longo, percebo que agora só nos falta a contratação de um bom lateral direito.
Usando a cabeça
Assim como qualquer grande time, deve-se saber lidar com as adversidades. Uma derrota para o Flamengo, que mesmo estando em fase crÃtica, agora em ascensão, não deixará de ser Flamengo, nem aqui, nem na China. Um pênalti desperdiçado, uma equipe perdida em campo e uma arbitragem ruim, nada disso justifica a perda. Washington foi preciso ao indagar que o árbitro errou, mas o time errou muito mais.
Cabe agora a volta por cima, e coloca-se nas mãos da psicóloga Rosa Grupenmacher a missão de devolver a tranqüilidade aos atletas em momentos de dificuldade, já que até agora só havia presenciado vitórias no clube. Um trabalho sério como é o de Rosa e uma bela vitória sábado nos elevará novamente aos primeiros colocados, fator importante nesta fase do campeonato.
Diego
Como sempre, não deixo que em minha rotina diária falte a leitura das colunas do excelente Augusto Mafuz. Há muito tempo não me surpreendia com alguns de seus comentários, mas a coluna "compromissos" deixou em meus pensamentos um rastro de insatisfação. Refiro-me aos comentários que fez sobre o goleiro Diego, indicando deficiências inclusive por parte de seu treinador. Compará-lo com Flávio não tem cabimento, pois creio na superioridade absoluta e incontestável do nosso atual goleiro. Caso Diego permaneça no Atlético por sete ou oito anos, ganhará tantos tÃtulos quanto ganhou Flávio.
Não entendo os motivos de algumas pessoas em criticar tanto Diego, que é de longe muito melhor do que a grande maioria dos goleiros brasileiros. De onde surgem tantas crÃticas?
Boa sorte, mano!
Talvez eu tenha algumas obrigações em minha vida. Uma delas é o eterno agradecimento ao meu irmão Robinson que tinha a enorme paciência em me carregar aos jogos do Atlético por muito tempo, até que eu fosse por minhas próprias pernas. Tenho alguns momentos muito vivos em minha memória, momentos de alegria e alguns momentos de sofrimento a que nos submeteu o nosso grande furacão. Por muito tempo acabamos nos desencontrando nos estádios de futebol, as peripécias da vida e as peças que a mesma nos prega acabaram por muitas vezes nos afastando, e mesmo como irmãos estávamos bastante distantes.
E como prova destas surpresas, atualmente tenho guardado sua companhia no coração, pois sua transferência para o Rio de Janeiro acabou nos distanciando mais ainda e apertando ainda mais a saudade. Mano, quero que saiba e faço questão de deixar registrado que levo a cada jogo do Atlético um pedaço de ti, a cada gol lembro-me dos bons e velhos tempos em que Ãamos ao estádio juntos, e quando puder, venha nos visitar para fazermos estes momentos ressurgirem em nossas vidas. Meu amigo e irmão, boa sorte em sua nova caminhada, e mesmo distantes, vamos formar uma corrente bem forte para levar o nosso bravo e eterno furacão ao bicampeonato brasileiro.
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