Daniel Machado

Daniel Lopes Machado, 46 anos, é empresário e consultor em sistemas de informação. Considera os versos da sexta estrofe do hino atleticano, escritos por um ex-jogador, imortalizado em uma espontânea demonstração de amor ao clube, a mais bela poesia de todos os tempos: "A tradição, vigor sem jaça... Nos legou o sangue forte... Rubro-negro é quem tem raça... E não teme a própria morte!" Foi colunista da Furacao.com entre 2008 e 2010.

 

 

Quem diria

15/01/2010


No início de 2008, Ferreira e Jancarlos estavam no auge, liderados por Claiton. Não era exatamente o melhor time do mundo (pois o melhor time do mundo não pode contar com Danilo e Michel), mas Ney Franco conseguiu aplicar uma boa organização tática. Até o Netinho deslanchou. O entrosamento daquela equipe rendeu 12 vitórias consecutivas e a quebra do recorde do Furacão de 49. As expectativas para o Brasileirão eram as melhores possíveis.

Quem diria.

Não demorou muito, e Claiton deu meia volta ao mundo, foi ganhar em ienes. Ferreira foi emprestado ao Al-Shabab. E Jancarlos achou melhor simplesmente abandonar o barco.

Quem diria.

Todo um trabalho jogado no lixo. A equipe demorou a se reorganizar. Então o Atlético trouxe Rafael Moura, artilheiro matador, de personalidade forte. Ney Franco já não servia mais e foi demitido. Ao menos escapamos do rebaixamento, na última rodada, apesar das bananadas do Gaciba (eleito o melhor árbitro do ano).

Quem diria.

Em 2009, Marcinho, um rapaz esforçado, chegou para ser o coadjuvante do elenco. Reconquistamos a hegemonia no estado. Parecia que tudo entraria de volta nos conformes. Mas Rafael, Netinho e o capitão Antônio Carlos transformaram-se em melhores amigos, inseparáveis. Um tomava as dores do outro, diante da torcida ou dos microfones. O quê mais eles faziam juntos eu não sei. E o grupo se dividiu.

Quem diria.

Marcinho não sabia ser o protagonista. Até a chegada de Paulo Baier, não conseguiu render o que dele se esperava. E mais uma vez brigamos, arduamente, até o final do ano, para não cair para a segunda divisão. Enquanto isso, o rival verde conseguiu o feito, comandado justamente por Ney Franco.

Quem diria.

Pois a temporada de 2010 está prestes a começar. Marcinho já se foi. Sejam quais forem os onze em campo, a nação atleticana, cada vez maior, apoiará incondicionalmente. Aonde for o rubro-negro, ela vai seguir. Nós, atleticanos, acreditamos em um ano feliz, com muitas vitórias e títulos.

Quem diria.


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