Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

O dono do pedaço

06/01/2010


O torcedor atleticano já está consciente de que torce pelo principal time do estado. Agora, em 2010, precisamos que a diretoria entenda isso e faça com que o abismo entre o furacão e os demais times da capital fique ainda maior.

Em Minas Gerais, por exemplo, o Cruzeiro fez isso. Obteve a hegemonia nas conquistas do campeonato local e constantemente luta por títulos nos demais campeonatos que participa. Para quem vê de fora a diferença entre os dois clubes é brutal. Enquanto o Cruzeiro montou uma boa estrutura, montou bons times e trabalhou a questão financeira, o Atlético-MG luta para tentar fazer frente ao rival.

E é justamente isso que o furacão tem que fazer. Aproveitar a dificuldade dos adversários locais para crescer ainda mais. Montar uma equipe para brigar por títulos e não apenas para disputar os campeonatos nacionais (Copa do Brasil e Brasileirão) lutando contra o rebaixamento.

O parâmetro que força com que o Atlético faça isso é dado pelo próprio clube. A diferença dos valores repassados aos clubes do eixo RJ-SP, para nós e a justificativa para não termos montado bons times nos anos anteriores. Em 2010 a diferença do que será pago ao rubro-negro, em comparação com o que receberão Paraná e Coritiba é grande e nada justifica não conquistarmos o Campeonato Paranaense, realizarmos uma boa campanha na Copa do Brasil e no Brasileiro.

O ano de 2010 tem tudo para ser inteiro rubro-negro, para nos consolidarmos, ainda mais, como a principal força do estado e com isso conquistarmos mais torcedores, mas recursos financeiros, atrairmos patrocinadores para a camisa, para a Arena e para o CT do Caju.

No ano em que somos o único clube paranaense na elite do futebol brasileiro, no ano em que receberemos a seleção brasileira em nosso Centro de Treinamento, temos a obrigação de aproveitar o momento ao invés de ficarmos procurando justificativas para as nossas dificuldades.

Definitivamente 2010 é o ano para o Atlético pensar grande, agir como grande e mostrar que é grande.


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