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Daniel Machado
Daniel Lopes Machado, 46 anos, é empresário e consultor em sistemas de informação. Considera os versos da sexta estrofe do hino atleticano, escritos por um ex-jogador, imortalizado em uma espontânea demonstração de amor ao clube, a mais bela poesia de todos os tempos: "A tradição, vigor sem jaça... Nos legou o sangue forte... Rubro-negro é quem tem raça... E não teme a própria morte!" Foi colunista da Furacao.com entre 2008 e 2010.
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Mamutes e mastodontes
01/01/2010
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Mamutes e mastodontes não eram mais encontrados com tanta facilidade, devido à caça indiscriminada praticada pelos homens das cavernas. Então houve uma crise global, não dessas que atingem as bolsas de ações, é claro, mas os estômagos.
Não sabiam somar dois mais dois, mas perceberam, através do incrÃvel instinto de sobrevivência, que poderiam plantar comida. Aprenderam a cultivar o solo, o que os levou à observação dos astros. Inventaram o zodÃaco e o calendário.
E, desde então, fazem oferendas para celebrar as passagens de um ciclo a outro.
Não são mais homens das cavernas, mas homens das favelas, palafitas, casas, apartamentos e mansões. Preparam fartos banquetes de Ano-Novo. Outra diferença é que agora usam cuecas brancas, pulam sete ondas e comem lentilhas.
Alguns atiram fogos de artifÃcio pelo ano que passou, repleto de realizações e prosperidade; outros, pela esperança de tempos melhores no que está por vir.
Hoje é mais do que o inÃcio de um novo ano, ou de uma nova década, mas o fim de tudo o que ficou para trás. Devemos olhar para o futuro, porém permitindo que os erros do passado nos ensinem a traçar caminhos seguros para a sustentabilidade.
Já aprendemos a somar dois mais dois. O conhecimento e as pesquisas cientÃficas apontam a direção, mas não nos movemos. Somos continuamente ameaçados por novas crises globais. Será que nossos instintos de sobrevivência nos deixaram na mão?
Mamutes e mastodontes não existem mais, mas certamente deixaram uma lição.
Ora, e o que tudo isso tem a ver com o Furacão? Nada. Ou tudo. Depende de cada um.
De qualquer forma, que todos tenham a oportunidade de colaborar com seus próprios sonhos, e também de batalhar por uma causa maior, comum a todos nós: o Clube Atlético Paranaense.
Feliz 2010.
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