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Silvio Rauth Filho
Silvio Rauth Filho, 50 anos, descobriu sua paixão pelo Atlético em um dia de 1983, quando assistiu, com mais 65 mil pessoas ao seu lado, ao massacre de um certo time que tinha um tal de Zico. Deste então, seu amor vem crescendo. Exerce a profissão de jornalista desde 1995 e, desde 1996, trabalha no Jornal do Estado. Foi colunista da Furacao.com entre 2004 e 2009.
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Altos e baixos de 2009
18/12/2009
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O ano do futebol acabou e é hora do balanço. É hora de ver os erros e os acertos do Atlético em 2009.
PONTOS NEGATIVOS
1) Trocas na comissão técnica. Malucelli afirmou que Geninho só saia se quisesse. A ideia era ter um treinador por muitos anos, algo que nunca tivemos no clube. Mas não deu certo. Geninho pediu para sair e Waldemar Lemos, também. Os demais cargos da comissão técnica também sofreram trocas e provocaram alguma instabilidade.
2) Campanha no Brasileirão. O item 1 combinado com outros problemas levou a uma fraca campanha na principal competição do ano. Não pegamos nem Sul-Americana.
3) Atacantes. Patrick e Marcelo são boas promessas. Os demais decepcionaram. Rafael Moura foi bem no Estadual, mas depois virou um problema dentro do CT e dos vestiários.
4) Goleiros. Galatto viveu alguns bons momentos, mas fez a torcida perder a confiança após seqüências de falhas horríveis. Vinícius virou o dono absoluto da camisa 22 (acho que é um número bom para um terceiro goleiro). Neto fez só dois jogos.
5) Brigas no elenco. O confronto entre a turma de Rafael Moura e a dos novatos rachou o grupo e provocou uma grave crise.
6) Aumento nos planos de sócios. O aumento talvez não tenha sido o pior, mas a maneira como ocorreu.
7) Indefinição sobre a Copa 2014. A falta de definição sobre quem financiará a obra na Arena é preocupante.
8) Divisão política. Desde a saída de Petraglia, muitos aderiram a um maniqueísmo infantil. Querem dividir o clube entre Petraglistas e Malucellistas. Essa divisão radical pode destruir o clube. Participar de um grupo político não é o problema. Mas torcer contra o clube é uma burrice. Não sou partidário de nenhum desses “dois lados”. Aliás, gostaria que Petraglia estivesse junto com Malucelli na administração do clube.
9) Alex Mineiro. Sou um daqueles que idolatra Alex Mineiro. Mas em 2009 ele nos deixou frustrados. Vamos torcer que 2010 seja diferente para o craque.
PONTOS POSITIVOS
1) Campeonato estadual. Alguns dizem que não teve muita graça, por causa do supermando. Não concordo. O Atlético ganhou o supermando pela brilhante campanha na 1ª fase. O São Paulo foi tricampeão brasileiro graças à arbitragem e nunca vi comentários desmerecendo os títulos. O Flamengo foi campeão em 2009 com a ajuda do Corinthians e o Brasil inteiro só festeja.
2) Paulo Baier. Espetacular dentro de campo. Líder e mentor dos garotos fora de campo. Foi a alma, o cérebro e o coração do Atlético em 2009. O Troféu Pulmão vai para o Valencia, como sempre. O Troféu Mão pode ficar com o Wellington Silva, do Paraná.
3) Categorias de base. O vice da Copa São Paulo e outros resultados mostraram que novas safras de excelentes jogadores estão chegando. A diretoria mostrou competência, nesse aspecto, e assinou contratos longos com a maioria das revelações.
4) Promessas. Os jogadores promovidos há pouco tempo dos juniores têm tudo para turbinar o futuro do Atlético. Manoel, Alex Sandro, Bruno Costa, Neto, Patrick, Marcelo, Raul, Renan, Gabriel Pimba, Deivid... A lista é extensa.
5) Antonio Lopes. Quando ele chega com moral, não vai bem. Quando chega desacreditado, mostra serviço. Dessa vez, ajeitou a defesa, ficou invicto na Arena, lançou os garotos, fez Baier jogar ainda mais, recuperou Marcinho e soube administrar a pressão.
6) Conclusão do anel inferior. Mais espaço, mais torcida, mais arrecadação. Menos piadinhas sobre “meio-estádio”.
7) Equilíbrio financeiro. Muitos criticam Malucelli por não ser ousado. Talvez seja uma crítica justa. No entanto, é preciso elogiar a responsabilidade com que o clube vem sendo administrado.
8) Copa do Brasil. O Atlético foi eliminado pelo Corinthians graças a Nielson Nogueira Dias. Se a arbitragem não tivesse sido catastrófica, a história seria diferente.
9) Comissão técnica permanente. As voltas de Riva e Leandro Niehues foram uma grande tacada da diretoria.
10) Criação do CECAP. Méritos para o doutor Edilson Thiele.
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