Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Barba, cabelo e bigode

07/12/2009


BARBA

Sendo franco: nem o mais fanático torcedor atleticano esperaria que um ano tão importante para o rival seria tão repleto de fracassos. Aconteceu de tudo e entre nós comentávamos: só falta cair. Não acreditava, mas eles conseguiram cair.

Eles tentarão achar culpados, eleger sua Joana D´Arc, enxugar as lágrimas e mais uma vez remendar o estádio que está caindo aos pedaços. E parte da culpa é de uma parcela da torcida, podem ter certeza. Não a que compra camisa oficial, a que é sócia - e olha que o plano deles é mais barato que o nosso, temos torcidas de tamanhos similares mas o Sócio Furacão é muito mais bem sucedido que o eternamente coxa. A culpa não é da torcida que faz o belo “Green hell”, que imitando músicas da torcida do Botafogo cantou a plenos pulmões naquela dolorida vitória no último minuto no Atletiba do segundo turno do Brasileiro. Não, essa torcida que ajudou o clube não teve culpa e a bem da verdade não merecia ver o time rebaixado, ainda mais num ano tão importante.

A culpa é de parte da torcida que fica do lado de cá. A torcida declaradamente coxa nos meios de comunicação. A torcida que usa das “máquinas de escrever” ou da “latinha” para destilar seu veneno, sua raiva e inveja do Atlético e sabe que mais do que criticar o nosso clube, nos atinge ao ser parcial e defender o coxa mais do que parte da torcida que paga ingresso e vai pra arquibancada. A parte da torcida que sugere a Maradona uma convocação do grosso Ariel, que vê em Marcelinho 100% Paraíba um novo craque, que pensa e afirma Vanderlei ser muito superior a Galatto, que crê Pedro Ken ser a maior revelação do hemisfério sul nas últimas décadas. Essa torcida verde na imprensa acaba por contaminar parte da verdadeira torcida deles que se ilude.

Quantas maquetes do “Novo Couto” publicarão mais os jornais, mesmo sabendo que nunca sairão do papel? De projeto em projeto, o coxa toma no reto! Brincar é uma coisa, coisa de torcedor, de apaixonado, isso é aqui conosco, outra é a imprensa “séria e imparcial” dar publicidade a esse tipo de coisa, é vender o tal “green hell” com um ineditismo que não lhe cabe, é fazer matérias especiais sobre isso e simplesmente desprezar o Mosaico da torcida atleticana, é não escrever que fomos líderes de público perante eles por todo o campeonato, sendo ultrapassado somente na reta final pela lotação no Atletiba e as diversas promoções que eles faziam. Coincidentemente lideramos essa estatística por 20 e tantas rodadas e a imprensa lembra de fazer matéria justamente naquela em que eles nos passaram....

Por fim, o pensamento do grande Daniel Machado, escriba o qual sou fã confesso, resume bem. Cerca de dois meses atrás ele escreveu algo como "o Atlético repete os mesmos erros, insiste e não planeja. Temos muitos defeitos e problemas, mas sabemos disso. Os coxas têm mais problemas, inclusive nos contratos de jogadores, baixos patrocínios e dívidas imensas. Eles também estão mal, mas não sabem disso”.

A mais pura verdade, já que a pior mentira é aquela que contamos a nós mesmos. – EBJr.

CABELO

Pelos lados da Baixada, mais um final de ano melancólico. Se serve de alento, como bem descrito pelos amigos Rogério Andrade e Silvio Toaldo Jr., nossos jogadores saíram de campo semana passada contentes, fortalecidos pela vitória e comunhão com a torcida mas sabedores que teremos MUITO trabalho pela frente.

O surrado discurso de que “a base é boa” não foi utilizado e tanto o Diretor de Futebol Bolicenho como o Presidente Malucelli deixaram claro que uma boa reformulação vem por aí. Boa mesmo é a base feita em casa, com alguns jogadores que já se destacaram, outros que ainda estão buscando espaço, mas que vestem a camisa rubro-negra com tesão, com vontade e dedicação. Ao lado de jogadores de qualidade como Paulo Baier, um Marcinho revigorado e mais um zagueiro e talvez um volante mais rodados, teremos condições de fazer melhor papel no ano que vem.

E que o Atlético faça exatamente aquilo que deixou de fazer em 2006 e 2007, se agigante, cresça ainda mais e aproveite o rebaixamento coxa, o Paraná fincando âncora na segundona e fortaleça sua supremacia dentro do Estado. É hora de ser tri estadual, fazer bonito no Brasileiro, ao menos não fazer fiasco na Copa do Brasil, lutar por vaga na Libertadores e deixar que os demais clubes lutem para ver quem é a segunda força do Estado. A primeira todo mundo sabe quem é!

BIGODE

Washington meteu três gols, um inclusive foi um golaço, mas novamente não levantou caneco. O artilheiro terminou a competição com 17 gols, marca muito boa, mas nunca gritou É CAMPEÃO. Washington, aquele que fez juras de amor ao clube que lhe salvou a vida além de recuperar a carreira, disse ser a proposta japonesa em 2005 irrecusável e que depois de ficar milionário só vestiria uma camisa no Brasil e que voltaria pro Atlético para dar o título que faltou.

Um vice da Libertadores pelo Flu e uma terceira colocação no time então tri brasileiro deveriam deixar claro para o “Coração Valente”: venha cumprir sua promessa Washington, senão você nunca vai ser campeão na vida.

Parabéns também ao falastrão Danilo. Para quem queria ser campeão, depois se contentava com uma vaga na Libertadores, ficou de bom tamanho a honrosa 5ª colocação. Tomara que algum clube, ou mesmo o Palmeiras se interesse por este jogadorzinho de caráter duvidoso e que deveria lavar a boca com Ki-boa antes de falar do Atlético.

Cruzamento na área do Palmeiras, ninguém sobe e gol..... bola passa na área do Palmeiras, ninguém corta e gol.... É Danilo, ao menos ajudaste a rebaixar o coxa, não és assim tão inútil.

ARREMATE

“TIME GRANDE NÃO CAI”


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