Michele Toardik

Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.

 

 

Dever de casa

23/11/2009


Salvo o insucesso dos coxinhas, a rodada do final de semana não poderia ter sido pior para o nosso Furacão...

A quase vitória, administrada até os 45’ do 2º tempo, inacreditavelmente escapou de nossas mãos e o empate doeu muito mais do que uma goleada.

Ainda acho que não é demérito algum empatar com a equipe do Cruzeiro, ainda mais se considerarmos a expectativa de Libertadores, mas todos nós sabemos que o jogo de sábado era pra ter sido daqueles épicos onde quem veste a camisa é a superação!

Infelizmente veio aquela maldita bola alçada na área...

Pois bem, aquela distância significativa que mantínhamos da zona incômoda foi reduzida consideravelmente, trazendo uma sensação de deja vü imensa, sobretudo, no quesito Matemática do Brasileirão.

É óbvio que o fato de dependermos de nós mesmos, já traz um alento, no entanto, só de imaginar a batalha que enfrentaremos no próximo domingo o pânico toma conta geral.

De sábado até agora, já passei por todos os estágios possíveis: da raiva à depressão! Porém, percebi que não existe mais espaço para “pitis”, análises, prognósticos, críticas, cobranças e reclamações, pois mais uma vez a responsabilidade esta batendo a nossa porta e teremos que proteger a nossa vaga na elite com unhas e dentes.

Creio que se não houver a mesma mobilização dos anos anteriores - dentro e fora de campo -, o recorrente flerte com a Série B poderá virar casamento, principalmente num ano como esse, onde os times cariocas encontram-se sedentos e completamente desesperados.

Não podemos nos dar ao luxo de chorar o leite derramado até aqui! Vamos lutar, encher a nossa casa, pressionar o adversário, carregar o time rubro-negro no colo – se for preciso -, temos que incendiar a Arena daquele jeito que só a gente sabe e colocar um fim nesse sofrimento.

Façamos o dever de casa!

Mais do que nunca é hora de “sair do corpo”, soltar aquele grito, entoar os nossos cânticos com fervor, enfim, retomar as nossas raízes e construir aquela pressão que já virou jogos, nos fez campeões e que sempre nos tira dessas enrascadas.

Mais uma vez, vamos mostrar que o atleticano é muito mais do que um torcedor... é um eterno fanático!


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