Daniel Machado

Daniel Lopes Machado, 46 anos, é empresário e consultor em sistemas de informação. Considera os versos da sexta estrofe do hino atleticano, escritos por um ex-jogador, imortalizado em uma espontânea demonstração de amor ao clube, a mais bela poesia de todos os tempos: "A tradição, vigor sem jaça... Nos legou o sangue forte... Rubro-negro é quem tem raça... E não teme a própria morte!" Foi colunista da Furacao.com entre 2008 e 2010.

 

 

Respeito

13/11/2009


Como disse o Juarez um dia qualquer, respeito é uma moeda de troca. Respeitamos a quem nos respeita: talvez, uma exceção sem regra.

Como é que eu não pensei nisso antes? Pois as pessoas, aquelas que merecem nossos respeitos, já haviam pensado.

É o desejo de manter nossas próprias características, mas com algumas ressalvas. Quem me dera a possibilidade de elevar virtudes, rebaixar defeitos, de acordo com o exemplo das pessoas, aquelas que merecem nossos respeitos.

É uma lição de humildade. Quem tem sensibilidade para pisar com outros pés? Ou para perceber que olhos enxergam um mundo único? Use a imaginação, coloque-se no lugar das pessoas, aquelas que merecem nossos respeitos.

Se-eu-fosse-você não existe. Aliás, o 'se' não existe, é um exercício vão dos arrependidos. Mesmo assim, se, por algum acaso, você não sabe o que faria, ou como reagiria diante de uma triste realidade... então, só por via das dúvidas, use o 'se' para praticar o respeito.

E se eu nascesse um miserável sem esperanças, passasse fome? E se minha filha sofresse um acidente? E se minha mãe viesse a falecer?

Nada disso precisa de fato acontecer para que respeitemos os sentimentos das pessoas, aquelas que merecem nossos respeitos.

Falta de respeito

Àqueles que já provaram em público uma descomunal falta de respeito, de acordo com a lei da moeda de troca, não há porquê respeitar. Afinal, somos pobres mortais, não um todo-poderoso misericordioso.

Bin Laden, Sarney e Spínola, por exemplo, eu não preciso respeitar. O que fez este último, na partida contra o Goiás, foi uma extravagância. Pois o homem foi estranhamente escalado, mais uma vez, para apitar uma partida do Furacão: 'Vai lá, Sálvio, não fez o serviço direito na primeira, agora vai lá e tenta de novo.'

Preparem as carteiras. Ou melhor, não levem as carteiras ao Rio de Janeiro, só o dinheiro do ladrão. Se não formos roubados no Maracanã, contra o Fluminense, eu volto aqui e retiro tudo o que acabei de dizer.


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