Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Alegria

09/11/2009


Alegria não é somente um sentimento, nem somente o nome de um dos álbuns de André Valadão e nem somente o nome de uma cidade gaúcha. Alegria não é somente o nome de um dos belos espetáculos do Cirque Du Soleil e nem tampouco se simplifica como um substantivo feminino conforme diz o dicionário.

Alegria é o que sentimos ontem com um encorpado Atlético em campo. Longe de ser brilhante, até porque são visíveis as limitações do grupo, o Atlético transmitiu alegria em campo, contagiou a torcida e o fruto dessa relação simbiótica foi o justo e clássico placar de 2 X 0 diante de um bom, mas decadente Goiás.

O Atlético que queremos em casa é esse. É um time onde o limitado (e por vezes irritante) Rafael confia em seu taco, chega na entrada da área adversária dá um passe pra frente e faz uma assistência. É um time que não tem nada demais, mas que faz a alegria da torcida quando o gigante Valencia dá um chega pra lá no adversário e lhe toma a bola limpa e sai jogando.

A alegria de comemorarmos uma vitória em casa, vitórias essas que antes eram certeza e hoje ainda nos deixam em dúvida quando saímos de casa rumo ao nosso Templo Sagrado. Alegria que queremos ver no garoto Wallyson, que mais uma vez mostra ter qualidade, foi pra cima dos adversários e provocou uma expulsão e no outro lance fez um belo gol, comprovando que tem bola de sobra, mas precisa acordar do seu estado de sono como fazia Moon Ha, o ser eterno.

Somos apaixonados e cegos pelo Atlético, mas também não somos bobos e nem ingênuos. Não dá pra querer título ou Libertadores todo ano e uma conquista como 2001, ou vices importantes como em 2004 e 2005 na maior competição das Américas são exceções e não regras para times como o nosso. Mas temos condições sim de fazer mais, de não sofrermos todo santo ano com uma possível ameaça fantasma e nem precisar ficar fazendo contas e simulações nas rodadas derradeiras.

O que precisamos é de um time que jogue com alegria e que dê ao menos um pouco de alegria ao solidário, participativo e inigualável torcedor atleticano. Nada supera a alegria de ser rubro-negro, ainda mais numa segunda-feira pós vitória.

ARREMATE

“Te ver e não te querer/ É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer/ É insuportável, é dor incrível...”
. Te ver - SKANK


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