Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 56 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

Top of Mind e CT da Copa

07/11/2009


Essa semana o Atlético recebeu notícias espetaculares, que consolidam a posição do Clube no cenário local e em nível nacional. A primeira refere-se ao fato de sermos TOP OF MIND, a marca mais lembrada de um time de futebol no Paraná. E por que devemos destacar isso? Pelo simples fato de estarmos em pleno ano do centenário de nosso rival local. Nem isso foi suficiente para que eles conseguissem posicionar a marca deles à frente da nossa. Aliás, vencemos o campeonato paranaense e vejam só, o único consolo para as comemorações marcadas por atropelo e cancelamentos (o último cancelamento que está em uma nota na Gazeta de hoje, foi o show de Acarajete, que vendeu apenas 1500 ingressos), foi a vitória quase obrigatória sobre nossa equipe. A segunda refere-se a escolha do CT Do Caju para receber a seleção. Isso tem um alcance que não se pode medir em um primeiro momento.

A projeção em nível nacional e internacional que a marca do Atlético ganha, é inigualável. Eu mesmo já tive oportunidade de acompanhar um treino da seleção brasileira no CT. É muito grande a atenção que a seleção provoca por onde passa e nós, seguramente através de um bom trabalho do Dep. De Marketing, vamos poder capitalizar isso para fazer mais negócios. Como referência de qualidade, o CT pode receber além da seleção, cada vez mais hóspedes, procedente não apenas do mundo do futebol, mas de grandes corporações. Por lá já passaram vários clubes estrangeiros como o Albirex Nigata do Japão e Dallas dos EUA.

Tudo isso paradoxalmente vale muito pouco quando nos transportamos para o plano da irracionalidade. Esse plano é onde mora o coração do torcedor, que bate por ver em campo um time vencedor, aguerrido, forte e cruel com os adversários. Nesse plano o marketing torna-se abstrato, pois o torcedor sabe que o potencial é maior do que essa realidade que vivemos hoje. Ao rival basta se contentar com o título da Gazeta do Povo, após trocarmos de posição na tabela: “PASSOU”. Para nós eu creio que essa rivalidade não nos basta mais. Sem ela não vivemos. Mas nosso universo deve ser maior do que “passá-los” nesse campeonato, onde pouco nos resta a fazer, a não ser lutar por uma vaga na Sulamericana. É pouco e os homens do Atlético sabem disso.

Em São Paulo os grandes se uniram para negociar cotas de televisão maiores, debater projetos financeiros em comum e negociar uma pauta de interesses comuns.

Aqui vivemos nas cavernas do relacionamento institucional e o exemplo recente disso, não importando nenhuma razão especifica, foi a nossa ida à Porto Alegre jogar com o São Paulo na Libertadores. Repito que não importam as razões, mas sim o resultado na tomada da decisão.

Sei que um colunista tem que exercitar a mente, para apresentar idéias ao debate. Alguns fazem isso aqui na Furacão.com, com uma sagacidade que merecer ser debatida, e até mesmo respondida pelos homens da direção do Clube, que eu entendo ser torcedores como nós. Homem público que não que ser criticado, deve voltar a iniciativa privada, cuidar de seus negócios pessoais e não se posicionar à frente de um clube com 1,5 milhão de torcedores. Esse análise pede a leitura da coluna “Ambição” de Juarez Villela, pelo peso da leitura do momento que vivemos. De toda sorte, obrigado aos que levam adiante pelo e-mail, as questões que eu levanto aqui. O debate é saudável e deve sempre ser produtivo. A crítica pela crítica ou pelo ódio, em nada faz avançar o Furacão.


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