Carlos Antunes

Carlos Roberto Antunes dos Santos, 79 anos, é professor de História e foi Reitor da Universidade Federal do Paraná entre 1998 e 2002. Filho do ex-treinador Ruy Castro dos Santos, o famoso Motorzinho, técnico que criou o célebre Furacão de 1949. Nos anos 50 e 60, jogou nos juvenis do Atlético, sagrando-se bicampeão paranaense. Foi colunista da Furacao.com entre 2007 e 2009.

 

 

Não foram detalhes

26/10/2009


Ontem, após o jogo, ouvi e vi uma série de considerações que atribuíam aos detalhes o resultado final. Desejo aqui discordar, pois não considero detalhes algumas predisposições antes e ao longo do clássico, que foram fundamentais para a nossa derrota:

1. Com todas as minhas considerações pelo treinador A. Lopes, me pergunto por que mexer numa defesa que vinha se portando muito bem? A escalação do Rhodolfo demonstrava a todos uma temeridade, pois o jogador vinha de uma série de contusões e sem ritmo para enfrentar um Atletiba. O resultado foi uma fraca atuação, falhando ao chegar atrasado no 1° gol do rival, como ainda ter queimado uma substituição.

2. Por que esta teimosia em manter o Alex Mineiro no time titular? Com todo o respeito por este jogador por tudo que fez pelo CAP, hoje é uma caricatura do grande craque do passado. A sensação que se tem é que com o Alex Mineiro nosso time parece estar jogando com 10. Portanto, lembrando Noel Rosa, mais um “palpite infeliz” do nosso treinador.

3. A arbitragem do Sr. Paulo César Oliveira foi fatal para o Atlético. Mesmo considerando justa a expulsão do Alex Sandro (uma falta infantil), o árbitro falhou vergonhosamente ao não expulsar o Leandro Donizete, ainda no 1° tempo, com a violenta falta (carrinho) por trás que cometeu sobre o Wallyson. Para muitos juízes, este é um caso típico de expulsão. Esta dupla interpretação da arbitragem revelou claramente dois pesos e duas medidas, e que somente a imprensa coxa branca “não viu” ou minimizou.

Do exposto, não considero detalhes algo que estava predisposto e que nos custou uma chorada derrota para um adversário tradicional. Considero ainda que os acertos do treinador A. Lopes estão bem acima dos seus erros, mas desejava muito que ele não voltasse a errar desta forma, teimando em ir contra um positivo retrospecto do qual foi um dos artífices.


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