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Jean Claude Lima
Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".
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Vencedores e vencidos
24/10/2009
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É sempre bom observar as explicações proferidas pelos dirigentes, de acordo com o momento que vivem suas equipes. Estarrecidos, os dirigentes do Palmeiras tentam entender o que aconteceu com a equipe. Os são-paulinos a mesma coisa. Os dirigentes do Fluminense, então, nem sequer conseguem dormir em busca de explicações. Algumas explicações estão sempre prontas, e mostram a incrível habilidade de cada um em minimizar problemas, com frases que tem como pano de fundo, tirar o corpo fora dos momentos ruins e exaltar os momentos bons.
Quando o time vai mal...
“Olha, agora o importante não é pensar em resultados, mas sim nessa festa maravilhosa, na força dessa torcida...”
“Pois é, somos o clube mais vitorioso, o melhor, isso, aquilo, aquilo outro e mais um pouco de aquilo...”
“Se não estamos bem em campo, vocês da imprensa vejam essa festa espetacular... é isso o que importa e não apenas ganhar títulos”.
“A diretoria está fazendo de tudo..."
Contextualizado a situação em nossa realidade, é por essas e outras frases que vimos ouvindo nas últimas semanas, que a pressão do Atletiba está toda do lado de lá. Se perdermos o que é uma possibilidade natural, absolutamente cruel, mas natural pois será para o adversário a vitória do centenário, que para o torcedor menos inteligente, justificaria um ano sem títulos e com muitos jantares. A torcida perdoará tudo, esquecerá o ano medíocre e continuará no delírio exultante das glórias que dificilmente se repetirão. A nós caberá sempre exaltar que ainda continuamos na frente na tabela.
Porém, o futebol sempre tem mais possibilidades. Duas delas não são a vitória.
E se perderem... aí sim, nossos amigos vão saber o que é um green hell de verdade! Vão recordar de um ano onde nada aconteceu de significativo no campo, pois não houve uma conquista de título. Só restará engrossar o caldo das frases já prontas proferidas por alguns dirigentes muito espertos, que temem um eventual retorno a segunda divisão. Um vitória para nós atleticanos em jogos passados, seria algo bem pouco factível. Entraríamos temerosos e com receio de fazer uma boa partida. Hoje é bom para nós fazermos um jogo onde o adversário tem que nos agredir. Quem viu nossos últimos jogos, sabe que estamos bem preparados para essa partida, e vivendo um bom momento. Mas isso significa pouco quando o jogo é um clássico. O que vai contar são aquelas coisas sem parâmetros de medição como determinação, pegada, raça, coragem e porque não dizer, sorte, muita sorte.
Eis onde reside a essência do clássico Atletiba.
Se vencermos o jogo amanhã, teremos recebido um dos grandes presentes que um grupo de atletas pode dar a sua torcida. A vitória empurra o rival na direção do rebaixamento. Os deixa bem próximos do poço das almas e logo na semana seguinte, com um confronto direto contra o Sport, lá, na casa deles, com pressão da torcida e tudo mais, num jogo que pode significar até uma troca de posições. E depois outra pedreira, Vitória completa a seqüência rubro-negra de adversários.
Mas quero pensar em um bom futuro nos jogos contra Santos e Avaí. Nada é tão simples quanto parece e nós também temos que superar os desafios que nos aguardam.
Sei que os jogadores, ou pelo menos alguns deles, leem as colunas. A minha é sempre no dia que antecede as partidas. Abusadamente, quero pedir a todos que lutem, lutem, lutem mais uma vez por uma vitória amanhã. Saiba que nosso apoio é incondicional, permanente, na alegria e na tristeza. Vocês são um grupo e saibam que fora das quatro linhas, há um exército de guerreiros, prontos, sempre prontos a receber o chamado de vocês. Aos W, cabeça no lugar. Valencia, adelante! Ao capitão Paulo, você sabe o que precisa ser feito. A todos os demais guerreiros, BOLA NA REDE dos caras!
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