Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Certezas

22/10/2009


Um dia a Fabi me falou: “o meu sonho é ver o Paulo Baier jogando no Atlético”. Sabe quando você ouve certas frases, como se fossem soltas no ar, mas não dá muita bola? Pois é. Pensei sobre aquilo, sobre aquela expressão de esperança no rosto da Fabi, mas sinceramente, não levei tão a sério.

Um dia, e isso infelizmente não faz muito tempo, o meu Atlético, que é o mesmo Atlético da Fabi, do Osmar, do Junior, do Gabriel, do Dhiego, do Luccas e de tantos outros apaixonados por futebol, andou mal das pernas. Bateu cabeça, patinou, enfrentou diversas dificuldades das mais diferentes naturezas, e nos fez sofrer demais. Sofrer por amar tanto, e sofrer por sentir, dentro de cada um de nós, um vazio tão grande a ponto de chegarmos a quase cansar. É... estávamos realmente exaustos, quase sem esperanças de sorrirmos outra vez.

Eis que um dia, e isso também não faz muito tempo, desembarca em Curitiba um cara chamado Paulo César Baier. Um cidadão de quase 35 anos que chegaria para mudar a história do Atlético. Mas teria Paulo Baier aquela “cara” do Atlético? Eu não tinha tanta certeza, mas a Fabi tinha. E ela tinha tanta certeza, tanta convicção, que comemorou quando a porta do CT se abriu para abrigar o mais novo talento do Furacão.

Hoje, quando o queixo cai ao ver Paulo Baier jogar futebol, não tenho como esconder: a Fabi tinha razão! E ela vibra como vibra uma criança, e Paulo joga como joga um menino. E a Fabi canta, grita e pula na cadeira da Baixada. E Paulo Baier encanta o torcedor atleticano como um maestro e sua orquestra encantam o seu público. E hoje, o Atlético joga ao som da música de Paulo Baier. E eu, como um grande apaixonado, estou vivendo embalado ao som da suavidade da voz da Fabi, e mais do que nunca, respeitando todas as suas certezas.

A coluna de hoje é dedicada a Fabi. Uma mulher de tantas certezas, tantas convicções e tanta determinação. A coluna de hoje é dedicada ao dia 22 de outubro de 2009, aniversário da Fabi. O primeiro aniversário desde o dia em que assumimos, perante a Deus, o compromisso de olharmos sempre para a mesma direção.

A coluna de hoje é escrita, letra a letra, palavra a palavra, linha a linha, em homenagem às tantas certezas que a vida nos traz. Certezas que tenho vivido, dia a dia. Certezas de que o destino, por todas as vezes, é preciso, certo, fatal.

Hoje é um dia especial. Hoje é aniversário da Fabi. A Fabi, aquela mesma Fabi que tinha tanta certeza de que o aniversariante do próximo domingo, Paulo Baier, tinha mesmo a cara do nosso Atlético, e que o nosso Atlético, regido por Paulo Baier, iria nos fazer sorrir outra vez.

Hoje o aniversário é da Fabi, mas o presente pode ser dado a toda a torcida do Atlético no próximo domingo, através do maestro aniversariante do dia 25 de outubro, Paulo Baier e sua orquestra. Que venha a vitória, e com ela cada vez mais a certeza de que o Atlético nos une... e a união nos fortalece.

Feliz aniversário, Fabi!


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