Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Eu acredito

14/05/2004


Eu acredito no futebol do Atlético! Acredito que temos todas as condições de disputar, não somente uma vaga entre os primeiros colocados, mas muitas chances de brigar pelo título. Após os trágicos acontecimentos do valor dos ingressos, assunto que desejo apagar do pensamento, creio no reencontro da torcida com a velha e boa imagem do grandioso Clube Atlético Paranaense. É hora de acreditar, o campeonato está só começando.

Levir Culpi

Confesso que o nome de Levir não era o meu preferido, mas sei que Levir reúne condições para nos trazer de volta a alegria do futebol atleticano. Levir é cauteloso, às vezes não é bom ter cautela em excesso, talvez por isso não tenha faturado o atletiba, uma enorme chance de vencer o primeiro clássico do campeonato, mas é notável a diferença dentro de campo, os ânimos são outros, o clima positivo entre os jogadores é visível, e pode ser um bom começo para ajustar o futebol rubro-negro rumo às primeiras colocações. Em dois jogos difíceis, um clássico e outro fora de casa, o Professor Culpi ainda não perdeu, e sábado contra o Santos a tendência deve lhe trazer a primeira vitória. O Atlético é favorito, jogando em casa ao lado de sua torcida, vai engolir o peixe, nos devolvendo a harmonia e o astral que ainda está preso, atrelado a problemas que já são parte do passado, também acredito nisso.

Pingo

Grande reforço do Atlético. Na hora H chegou um jogador jovem, de talento, que pode vir a somar muito no elenco do furacão. Estou certo que Pingo veio para começar a abrilhantar a sua carreira, só espero que ele comece logo a nos dar muitas alegrias. Veio para preencher a vaga de Ramalho, que continua fazendo suas lambanças, agora pelas bandas de São Paulo. Boa sorte Pingo, a torcida atleticana acredita em você.

Torcida

Sou do tempo da poeira branca das arquibancadas, do papel picado e tudo mais, e agora estou quase sendo do tempo da bateria nas arquibancadas. Os tempos mudaram, mudam a todo instante e precisamos nos adaptar às mudanças. Tudo pode mudar, menos o que está dentro de cada torcedor, isto é intocável, pessoal e intransferível. Não existe nenhum “paixômetro”, instrumento para se medir a paixão. Coisas que vem de dentro não podem ser medidas, e o atleticano continua com sua vibração, sua característica forte, agora em outros moldes, afinal, a realidade é outra também. Portanto, neste sábado, todos os caminhos levam ao caldeirão, pois o Atlético precisa e muito da sua velha e boa torcida, só assim poderemos empurrar o furacão para uma grande vitória contra o Santos. E eu? Ah, eu acredito sempre!


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