Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Errata

05/10/2009


Chegando ao bar logo fui convidado a sentar e dar meu parecer sobre o que veríamos dentro de instantes na tv. Lembrei-me do atleticano Cristovão Tezza, que escreveu dia desses que quando a gente começa a emitir opinião publicamente, os outros acham que temos que sempre dar opinião sobre tudo. Confesso que não tinha pensado muito no jogo e tasquei meio a meio: ganharíamos, porque essa era somente minha vontade mas não acreditava em uma boa partida do Atlético, porque dois jogos consecutivos de bom futebol seria otimismo demais este ano.

Errata! Jogamos e muito bem, tanto na semana anterior como diante do Corinthians no Pacaembu. Jogamos de forma consistente e depois de várias e várias rodadas de testes e improvisações, Lopes coloca cada um no seu quadrado e o time se encontra em campo. Escrevi outras vezes aqui neste espaço, mas como estou ficando velho e repetitivo escrevo de novo: jogar no 3-5-2 sem líbero é besteira. Se não se tem alas fortes no apoio e sem um zagueiro que saiba tanto fazer a sobra como sair pro jogo, o melhor é o bom e velho 4-4-2, mais fechadinho, mais coeso e sem invenções. Além é claro de vermos Rhodolfo, que é do ramo tomando conta da defesa, enquanto Wesley fazia múltiplas funções em campo e tanto Nei como Márcio só subiam na boa, um de cada vez mas marcavam com eficiência.

Assim o Atlético não só venceu, como fez diante do Sport na vitória magra e sofrida, como convenceu, como tinha feito fora de casa diante do líder Palmeiras onde sofremos injusta derrota. Mas acima de tudo, ficou uma confortável sensação de segurança, de mostra que a equipe quando focada, com os jogadores sendo escalados nas suas posições de origem o Atlético pode crescer, pode se afastar em definitivo da zona da degola e trilhar um caminho menos tortuoso neste Brasileiro.

Quarta mais um desafio diante do Grêmio que como visitante não assusta ninguém. Possui jogadores com mais qualidade, um bom treinador e sua classificação na tabela resume um pouco do seu poderio. Mas assim como fizemos nos últimos dois jogos, assim como os coxas fizeram ontem diante do Internacional, não podemos nos encolher, temer, ceder à pressão do adversário. Aliás, todas as vezes em que a dupla Atletiba “morreu de véspera” acabou se complicando, quando encarou os grandes como grande, tomando a iniciativa e indo pro jogo, se deu bem.

Que esse complexo de inferioridade meio natural de nós curitibanos seja definitivamente deixado para trás. Respeito com os adversários, sempre, medo nunca!

OLIMPIADAS

Se por um lado temos necessidades prementes e básicas, deixar passar a oportunidade de sediar eventos importantes como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 seria pensar demais no dedão do pé e não ver o horizonte ali adiante.

O que a população espera é que os recursos públicos sejam usados com temperança, com inteligência e que definitivamente o Brasil desenvolva políticas públicas no esporte, não focando somente nos resultados imediatos, mas numa visão de que através do esporte crianças podem ficar longe da criminalidade, que o esporte mexe com cifras milionárias que podem ajudar no fomento de outras necessidades sociais e que as benfeitorias realizadas para a execução dos jogos venham a melhorar o Rio de Janeiro, assim como a vinda da Copa do Mundo traga benefícios a população das cidades sede.

O choro do Presidente Lula me comoveu sexta passada. A alegria dele ao ver realizado um sonho de muitos denota o amor pelo Brasil. Não fui, não sou e nem pretendo ser seu eleitor nem do seu partido, mas Lula é um sujeito que com seus erros e acertos, virtudes e defeitos tem uma origem popular, uma identificação com as massas e demonstra uma vontade tão grande de acertar, mesmo errando, que são raras hoje em dia. Meus respeitos ao Senhor Presidente.

ARREMATE

“Mais um ano que se passa/
Mais um ano sem você/
Já não tenho a mesma idade/
Envelheço na cidade.”
- Envelheço na cidade – IRA! (parabéns pra você)


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