Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Fazendo sua parte

11/05/2004


E de repente aconteceu! O melhor time do campeonato, a melhor defesa, o melhor ataque, o time com o craque do campeonato, o último dos invictos do ano perdeu o título. E justo para o maior rival e dentro da própria casa. Mário Sérgio passou de estrategista a burro; Dagoberto de revelação a pipoqueiro; Diego de unanimidade a frangueiro; Mário Celso de Deus a personificação da besta.

Nem tanto o céu, nem tanto a terra.

O time nunca foi a oitava maravilha do mundo. Aliás, os campeonatos estaduais, em detrimento dos torneios regionais, só vieram mostrar as desigualdades dos times. Enquanto fomos imbatíveis contra os times montados as pressas para disputar o campeonato do Moura, enquanto jogamos meses para fazermos o Atletiba final que todos já esperavam, deixamos de enfrentar Cruzeiro, Grêmio, o Galo mineiro e o Internacional. A maior prova da falência dos estaduais é o carioca. Os quatro grandes (?) iludem-se contra os minúsculos times do interior fluminense, enchem o Maracanã em clássicos eletrizantes e quando entram num brasileiro, não ganham de ninguém. O marketing é forte, afinal, a Taça Guanabara nada mais é do que o primeiro turno, mas ganha status de título!

Mas voltemos ao Atlético. A vinda de um profissional capacitado como Levir Culpi, já é um alento. Mas o que realmente falta ao rubro-negro é um diretor de futebol. Alguém que seja o elo entre Diretoria e atletas. E também uma ponte entre os anseios dos torcedores e o que a direção pode fazer.

Um verdadeiro ouvidor. Alguém que tenha livre acesso entre quem comanda, mas saiba falar a linguagem dos boleiros. E na minha cabeça se passa um nome: Valmor Zimmermann. Para quem acompanha o Atlético nos últimos 20 anos, é fácil se lembrar de tudo o que este verdadeiro atleticano fez. Para quem é mais novo, uma lembrança: Valmor fazia exatamente isso em 2001. Precisa falar mais?

A hora é de união. A torcida, por hora vencedora na questão do preço dos ingressos, precisa deixar a mágoa um pouco de lado e voltar a apoiar incondicionalmente o time. E a diretoria deve voltar a investir no futebol, principalmente nesta parte de supervisão. Dias melhores virão, basta cada um fazer sua parte.


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